EU CURTO SER MÃE: Gestação
Mostrando postagens com marcador Gestação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Gestação. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Riscos para gestantes com o Coronavirus

03:35 0
Riscos para gestantes com o Coronavirus

Covid-19 e os riscos para gestantes e no pós parto. Bate- papo com a obstetra e diretora do SOGIMIG  dra. Thelma de Figueiredo e Silva.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Licença-maternidade de seis meses no setor privado é aprovada e segue para a Câmara

18:02 0
Licença-maternidade de seis meses no setor privado é aprovada e segue para a Câmara

A licença-maternidade para celetistas deve passar de 120 para 180 dias. Esta foi a proposta aprovada nesta quarta-feira (4) na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Por tramitar em regime terminativo, o projeto  (PLS 72/2017) segue agora para análise da Câmara dos Deputados.
O relator Paulo Paim (PT-RS) ressaltou que o período de seis meses dedicado à amamentação exclusiva é indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Ele citou bons resultados que no seu entender já vem obtendo o programa Empresa Cidadã, que concede benefícios fiscais para empresas que já ampliam a licença-maternidade das funcionárias para 180 dias.
Paim também disse que o aumento da licença-maternidade possui respaldo científico, além de ser o melhor para o país economicamente.
— De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, os bebês que ficam seis meses ao lado da mãe têm reduzidas as chances de contrair pneumonia, desenvolver anemia e sofrer com crises de diarreia. O Brasil gasta somas altíssimas por ano para atender crianças com doenças que poderiam ser evitadas, caso a amamentação regular tivesse acontecido durante estes primeiros meses de vida — argumentou.
Paim elogiou a autora do projeto, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), e lembrou que o texto faz parte da pauta em discussão no Senado visando ao empoderamento feminino.

Ponderações

A proposta, entretanto, foi criticada pelo senador Cidinho Santos (PR-MT), que teme que a medida possa prejudicar as mulheres no que se refere às contratações no mercado de trabalho.
— Aqui na CAS o negócio é jogar a conta pras empresas pagarem, é jogar pra platéia. Avaliam que estão ajudando, e podem é estar criando mais dificuldades — criticou.
A presidente da CAS, Marta Suplicy (PMDB-SP), se definiu como feminista e disse perceber méritos no projeto, mas entende que a ponderação de Cidinho tem procedência, pois as condições econômicas do país ainda são difíceis. Marta lembrou, no entanto, que os seis meses de licença-maternidade já fazem parte da rotina de diversos países europeus e que talvez este seja o momento de encarar o desafio de implantá-la também por aqui.
Fonte: Agência Senado 

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Cuidados para gestantes em viagens de avião

15:16 0
Cuidados para gestantes em viagens de avião

As férias estão chegando e muitas gestantes ficam em dúvida se podem ou não viajar de avião. As companhias aéreas  permitem que grávidas de até oito meses voem. Mas a partir da 34ª semana, há um aumento no risco de a mulher entrar em trabalho de parto durante o voo. Alguns médicos, no entanto, recomendam que não se façam viagens de avião após o sétimo mês gestacional. 

Há ainda risco para  vôos mais longos, uma vez que a circulação da grávida já está comprometida. Quando a movimentação fica limitada, a circulação sanguínea nas pernas fica restrita, podendo levar a graves sintomas como: pernas pesadas, dor e pés e tornozelos inchados. Ficar sentado por muito tempo também é um fator de risco para desenvolver  trombose (formação de coágulos sanguíneos). Os coágulos podem migrar para os pulmões, o que é chamado de embolia pulmonar e pode ser fatal. Podem também migrar para as artérias que nutrem o bebê. Converse sempre com seu médico para utilizar meias de compressão e verifique a  possibilidade de usar anticoagulante em dose profilática. 

As mulheres que estão no primeiro trimestre de gestação e possuem algum problema como pressão alta ou sangramento, devem conversar com o médico antes do embarque para ver se ele autoriza a viagem.

Se possível, reserve o assento perto da asa, pois tem mais estabilidade durante o voo. Também é uma boa escolha, sentar em fileira com mais espaço.

Mulheres grávidas costumam ir mais ao banheiro, por isso, o mais indicado é sentar no corredor, para conseguir sair e entrar com mais facilidade e rapidez. Além disso, sentar no corredor também vai ajudar a levantar para caminhar durante o percurso. Este cuidado estimula a circulação.Tente  esticar as pernas, mesmo quando sentada, e movimentar os pés, fazendo movimentos circulares com o tornozelo. 

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Dormir de costas na gravidez pode trazer riscos ao bebê

16:07 0
Dormir de costas na gravidez pode trazer riscos ao bebê

Um estudo feito com cerca de 1.000 gestantes, publicado no periódico ” British Journal of Obstetrics and Gynaecology”, mostrou que o risco de morte fetal pode dobrar se as mulheres dormirem de costas no último trimestre da gravidez. 

A pesquisa analisou 291 gestações nas quais os bebês nasceram mortos e 735 mulheres que tiveram bebês saudáveis. As observações foram comparadas com outros estudos realizados na Austrália e na Nova Zelândia, e os pesquisadores recomendam que as grávidas durmam de lado, mesmo em sonecas durante o dia.

Embora não seja possível controlar a posição que permanecem durante o sono, os pesquisadores destacam que é importante que as gestantes iniciem o período de descanso na posição lateral, ainda que ao longo da noite acabem mudando.
  
Ainda não há um diagnóstico fechado sobre o motivo pelo qual dormir de costas pode causar mais mortes de bebês, mas uma das hipóteses é de que o peso da criança e do útero pressionam os vasos sanguíneos e interferem no abastecimento de sangue ao bebê e consequentemente na transferência de oxigênio.

Segundo o estudo, cerca de 100 mil vidas de bebês podem ser poupadas por ano, no mundo, se as mães passarem a dormir de lado no último trimestre de gravidez. Nesse contexto, a campanha de saúde pública "Durma de lado" foi lançada no Reino Unido para conscientizar as mães sobre a importância de ficar nesta posição na última fase da gestação.

- Este é um estudo importante que acrescenta ao crescente corpo de evidências de que a posição do sono no final da gravidez é um fator de risco modificável para o nascimento de bebês mortos. A pesquisa é extremamente bem-vinda, já que um número significativo de bebês que nascem mortos permanece inexplicável, particularmente aqueles que são fruto de gravidez tardia- afirmou Edward Morris, vice-presidente de Qualidade Clínica do Royal College of Obstetricians and Gynecologists.

Fonte: O Globo


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Estresse na gravidez

15:09 0
Estresse na gravidez

A gravidez é um momento especial, sendo um período marcado por grandes mudanças físicas e psicológicas. O corpo se transforma, a ansiedade pelo que vem pela frente, preocupações financeiras. Além disso, há uma enorme mudança hormonal que podem influenciar no humor da gestante. É comum que as grávidas notem um maior grau de irritabilidade. O problema é quando os contratempos acabam gerando um estresse elevado na mulher, podendo comprometer a saúde do bebê. 

O maior risco é em caso de estresse crônico, como a perda de alguém, mas os contratempos do dia a dia também podem afetar negativamente o bem-estar da grávida. O estresse ocasiona a liberação de hormônios, como cortisol e adrenalina,  e chegará ao bebê por meio de reações fisiológicas. Essas substâncias preparam o nosso corpo para situações de perigo, mas quando o nível se torna elevado por muito tempo há riscos para a saúde. A adrenalina, pode causar uma diminuição do fluxo sanguíneo na placenta, influenciando o crescimento do bebê. Estudos mostram que o estresse também pode aumentar a chance de parto prematuro. 

Pesquisas sobre o tema apontam  que o estresse na gestação pode acarretar atraso na fala e no desenvolvimento da criança, déficit de atenção e de aprendizagem, ansiedade, depressão e hiperatividade. Além disso, no caso de grande estresse, a musculatura da grávida fica tensa, podendo ocorrer o parto prematuro. 

É importante que a gestante pratique uma atividade física de que ela goste e que se sinta confortável, pois ajuda a relaxar, a aliviar o estresse e a ansiedade, além de prepará-la fisicamente para o parto. Atividades como a yoga e o pilates ajudam a tonificar os músculos, melhorar o equilíbrio e a circulação, proporcionando flexibilidade sem grandes impactos ao corpo. A natação e caminhadas também são indicadas para grávidas e proporcionam bem-estar e saúde. 


domingo, 8 de outubro de 2017

Cuidados e mitos da saúde bucal da gestante

20:52 0
Cuidados e mitos da saúde bucal da gestante
                           

  A gestação é uma época especial para que você mantenha os cuidados com sua saúde bucal, não  apenas por você, mas também para que seu filho desenvolva uma dentição perfeita e saudável.
Você pode receber tratamento odontológico em qualquer época da gestação, embora o segundo trimestre (3 a 6 meses) seja o momento  ideal, pois nessa fase, se encontra num período de maior estabilidade.
Alguns cuidados:
Os medicamentos deverão ser tomados apenas por prescrição médica ou odontológica.
Os antibióticos se possível, devem ser evitados ao máximo no primeiro trimestre.
A ingestão da água de abastecimento deve ser fluoretada para fornecer as vantagens anti-cárie do Flúor para a gestante,que são as mesmas para qualquer pessoa
As radiografias devem ser evitadas nos três primeiros meses de gestação.
Os anestésicos, o dentista ou seu médico irá determinar qual o mais indicado.
Visite regularmente o dentista para que ele possa fazer o diagnóstico precoce de qualquer problema e orientá-la quanto aos procedimentos preventivos.

   Existem alguns mitos sobre a saúde bucal durante a gestação:



O principal deles é que a gravidez aumenta o número de lesões de cárie e problemas na gengiva. Isso não será verdade se você mantiver alguns cuidados básicos tais como alimentação equilibrada, boa higiene bucal e receber cuidados profissionais periódicos. 

Tais medidas são  fundamentais para uma boa saúde bucal. Geralmente, o aumento do número de lesões de cárie e o sangramento da gengiva está relacionada a alterações na dieta, com maior consumo de guloseimas e a  presença de placa bacteriana, pela limpeza inadequada dos dentes e gengiva nessa época. Apesar de haver algumas modificações no tecido gengival em função das alterações hormonais, isso só interferirá se já existirem problemas gengivais prévios à gestação.
  
Dicas que podem lhe ajudar:

Evite tomar muito líquido durante as refeições
Coma pequenas porções mais freqüentemente
Evite alimentos gordurosos ou condimentados
Não se deite logo após as refeições

Estas foram apenas algumas orientações que podem ser úteis para você viver este período tão especial em sua vida.
Felicidades!!

Kenia Monteiro
CROMG 18498
Gestora e responsável técnica 
Mr.Clean Odontologia e Saúde

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Cuidados com a pele no rosto em gestantes

15:08 0
Cuidados com a pele no rosto em gestantes
Muitas mulheres ficam lindas na gravidez: cabelo sedoso, pele de pêssego, brilho que irradia a felicidade. Porém, o período também inspira cuidados. Um desses cuidados diz respeito à pele do rosto, que pode ficar manchada. Chamadas de melasma ou cloasma, essas manchas escuras no rosto podem ser difíceis de saírem depois da gravidez.  As manchas na pele são provocadas pelo grande aumento dos hormônios femininos e mantidas pelo calor e pelo sol. 

Quem me acompanha pelo Instagram sabe que estou em tratamento para minimizar os melasmas que ganhei na gravidez. Estou fazendo microagulhamento e peeling de cerveja uma vez por mês, além de limpeza de pele periódica. Minha pele está melhorando demais. A esteticista que está cuidando de mim atua em Belo Horizonte em atendimento domiciliar, o que facilita muito. Deixo aqui para vocês a indicação para quem está grávida e quer cuidar da pele e para quem já está com problemas e precisa de ajuda. Ela se chama Ana Lúcia e o Whatsapp é 31 9655 8950. A página dela é www.facebook.com/esteticaanaluciabh

Durante a gravidez algumas substâncias usadas na indústria cosmética são proibidos. Na lista de restrições da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estão três substâncias: cânfora, ureia acima de 3% e chumbo, figurinhas carimbadas em creme para pernas e pés, hidratantes corporais e tinturas de cabelo, respectivamente.

Os especialistas aumentam a lista da Anvisa e incluem outras substâncias que podem ser nocivas. Os ácidos,  como o retinoico, encontrados em produtos clareadores, antiacne e anti-idade, são alguns dos que não são recomendados. Os ácidos glicólico, em concentrações acima de 10%, e salicílico ainda não têm estudos que possam comprovar a segurança do uso. Cremes clareadores de pele que usam hidroquinona também ficam na lista dos proibidos.

Cuidado na medida certa

 A gestante pode fazer limpeza de pele sem nenhum problema. Por ser uma pele que normalmente já mancha com mais facilidade deve-se ter um maior cuidado. É bom evitar o uso de produtos esfoliantes contendo ácidos, pois a pele absorve. Também é importante aplicar filtro solar logo após a limpeza, pois a pele fica mais fina e com isso é maior a chance de manchar. 

Use: protetor solar acima de FPS 30, devendo ser passado até mesmo se ficar dentro de casa, duas vezes por dia. Cremes com antioxidantes contendo vitamina C e E.auxiliam muito na proteção da pele e prevenção de manchas. Devem ser usados antes do filtro solar, duas vezes ao dia. 

A grávida não pode usar qualquer tipo de máscara calmante, descongestionate ou secativa - pois podem conter substâncias não ideais para o bebê, como ácido salicilico, antibióticos e despigmentantes. Filtro solar com metoxicinamato também não são recomendados, pois a substância pode chegar à placenta. Devem ser priorizados os protetores que contém óxido de zinco. 


domingo, 28 de maio de 2017

Pré-natal bem feito inclui diversos exames

09:30 0
Pré-natal bem feito inclui diversos exames

No dia 28 de maio é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Mesmo com alguns avanços, a mortalidade materna ainda é um problema de saúde pública no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde (ver aqui), são registrados anualmente mais de 60 mil casos de óbitos ocorridos até 42 dias após o término da gestação, sendo cerca de 6 mil somente em Minas Gerais.

A morte de uma mulher grávida, no parto ou no puerpério, pode indicar uma série de falhas. Várias delas poderiam ser evitadas com uma assistência pré-natal adequada e de qualidade. No entanto, com a evolução dos métodos diagnósticos e com a mudança contínua no panorama das doenças, vários novos procedimentos estão disponíveis, dificultando o entendimento a respeito de quais exames são necessários e em que período da gestação devem ser realizados.

De acordo com a diretora técnica do laboratório Geraldo Lustosa, a médica patologista clínica Luisane Vieira, a finalidade principal da assistência pré-natal é garantir a saúde da mãe e do bebê durante toda a gravidez e o parto, identificando situações que possam aumentar o risco de desfechos desfavoráveis. “A abordagem de cada gestante tem que ser baseada no risco gestacional, nas características da população rastreada, na prevalência das doenças mais comuns e na avaliação das evidências disponíveis”, explica.

Dentre os exames disponíveis para avaliação do risco gestacional para o binômio mãe-feto, estão o diagnóstico de doenças intercorrentes como anemia e infecções; a identificação de possíveis malformações fetais; avaliação de risco de prematuridade e complicações perinatais; a prevenção de complicações neonatais (ex, doença hemolítica perinatal); e a triagem e diagnóstico de complicações da gravidez, como pré-eclâmpsia, trombose e diabetes.

“É importante que as mulheres saibam quais são os exames disponíveis e conversem abertamente com o seu médico para que ele possa avaliar a necessidade de realização de cada um deles”, destaca Luisane.

Veja abaixo alguns dos exames para avaliação da saúde materna/fetal:

·         Hemograma ⟹Anemia (ferropriva)
·         Glicemia ⟹Diabetes Gestacional
·         Grupo Sanguíneo ABO e Rh e Coombs Indireto ⟹ Doença Hemolítica Perinatal
·         Triagem não-treponêmica ou treponêmica⟹Sífilis
·         Sorologia IgM e IgG⟹Toxoplasmose
·         Sorologia CMV ⟹ Citomegalovírus
·         Sorologia IgM e IgG⟹Rubéola
·         HBsAg⟹Hepatite B
·         Triagem sorológica ⟹HIV
·         Urina de Rotina e Urocultura ⟹Infecção Urinária e Bacteriúria Assintomática
·         Pesquisa de infecções vaginais e cervicais⟹Streptococus β-haemolyticus do grupo B (Estreptococo Grupo B ou EGB)
·         NIPT (Teste Pré-Natal Não-Invasivo em Sangue Materno) ⟹ Síndromes Genéticas


Ultrassom na gravidez

As ondas sonoras que o aparelho de ultrassom emitem se chocam com a parte sólida do que encontra pela frente, assim forma imagens. Esse exame é inofensivo para mamãe e bebê , por isso, não se preocupe se precisar fazer mais ultrassons na gravidez.

Infelizmente, um pré-natal feito pela unidade publica de saúde tem como meta três a quatro ultrassonografias durante a gravidez, 1 a cada trimestre. Essa quantidade não é ideal para monitorar uma gravidez que possa desenvolver algum risco.  Por isso, se for possível, faça particular outros ultrassons (principalmente com doppler). 

Estes são os exames de ultrassom básicos durante uma gravidez:

Com 7 semanas: determina  a idade gestacional e quantidade de embriões e se estão bem posicionados no endométrio. .

Com 12 semanas: exame de Translucência Nucal que detecta possíveis problemas cromossômicos 

Com 20 semanas: Neste ultrassom morfológico é verificado cada parte do feto e  o funcionamento dos órgãos internos como bexiga, estômago, coração e rins. A placenta também é examinada nesse exame de ultrassom.

Com 27 semanas: Ultrassom feito com doppler para verificar a  circulação do sangue,  oxigênio e nutrientes que vão para o bebê.


Com 33 semanas: ultrassom que verifica a quantidade de liquido amniótico se o crescimento do bebê está adequado para a idade gestacional e se já está em posição cefálica ou seja, virado de cabeça para baixo preparado para o nascimento.

No terceiro semestre, o ideal é que fosse feito um ultrassom mensal com doppler em todas as grávidas. Lamentavelmente, não é a realidade obstétrica. O doppler, muitas vezes feito com 27 semanas, é um indicativo de que algo pode não ir bem, mas não é definitivo. Há mudanças na circulação sanguínea e o doppler só certifica por cerca de 15 dias. Por isso, eu recomendo que todas as gestantes solicitem essa tecnologia em todos os ultrassons que forem feitos e, em especial, no fim da gestação intensifiquem a ida ao ultrassonografista COM DOPPLER. 


Veja esta entrevista que fiz com o dr. Selmo Geber, da Clínica Origem:





segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Cuidados com o cabelo durante a gravidez

14:10 0
Cuidados com o cabelo durante a gravidez
O cabelo da mulher durante a gestação fica naturalmente mais bonito. Durante a gravidez, os hormônios estrogênio e progesterona aumentam na circulação sanguínea e afetam os folículos capilares. A oleosidade e a queda diminuem, já que estão associadas aos hormônios masculinos e esses, por sua vez, sofrem uma redução. Por isso, nesse período, a mulher tende a ficar com fios mais sadios e bonitos.

E isso é ótimo, já que durante nove meses, e provavelmente no período de amamentação, grande parte dos procedimentos estéticos devem ser evitados. Formol, glutaraldeído, amônia, iodo e chumbo são substâncias proibidas, por exemplo. Na hora de mudar o visual, vale a pena dar uma olhada na composição do produto e pedir recomendação médica.

Veja algumas recomendações:


Tintura
Alguns médicos permitem a aplicação da tintura após o terceiro mês de gestação. Porém, xampus tonalizantes e henna As luzes também são permitidas, já que o procedimento não coloca a tinta em contato com o couro cabeludo. Qualquer escolha  deve receber o aval do seu obstetra.

Tratamentos com químic
Muitos produtos utilizados para fazer alisamento, principalmente à base de formol e seus derivados, contêm substâncias químicas e metais pesados que fazem mal ao bebê. O formol é uma substância apontada como cancerígena pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Produtos a base de carbonato de guanidina, por exemplo, devem ser analisados pelo obstetra.

Cuidados
Para garantir cabelos ainda mais bonitos é importante cortar os fios a cada três meses durante a gestação e fazer hidratações semanais. Tomar muita água também fortalece os fios.

*Atenção*
Mesmo depois que o bebê nascer é preciso prestar atenção nos produtos que passa nos cabelos, pois durante a amamentação podem  trazer conseqüências à saúde do bebê. O controle no uso das químicas continua sendo necessário. A maioria dos pediatras não recomenda o alisamento durante a amamentação.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Novo canal

09:00 0
Novo canal
Em agosto, tem muita novidade no canal do Youtube do blog Eu Curto Ser Mãe. Novos vídeos, novas dicas e muita informação e descontração para tentantes, gestantes e mamães. Faça sua inscrição e receba as atualizações. Você vai se surpreender!


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Chocolate na gravidez faz bem

12:30 0
Chocolate na gravidez faz bem
Chocolate durante gravidez pode ajudar a prevenir a pré-eclâmpsia (hipertensão). Uma pesquisa da Universidade Yale, nos Estados Unidos, sugere que mulheres que saboreiam a delícia ao menos cinco vezes por semana estão 40% menos propensas a desenvolver o problema do que aquelas que a consomem menos de uma vez. O composto teobromina, encontrado principalmente nas variedades amargas e meio-amargas, pode ser o responsável pelo benefício.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Alimentação na gravidez que favorece a circulação

18:45 4
Alimentação na gravidez que favorece a circulação


Como já contei aqui, a gravidez da Iolanda foi muito regrada. Eu não podia correr o risco de ter nenhum outro problema gestacional além da trombofilia e como na gravidez do Francisco desenvolvi diabetes gestacional, a alimentação foi ponto forte no controle. Eu cheguei a ir a um endocrinologista, mas não segui acompanhada por ele, porque minha obstetra estava sempre muito atenta a tudo e pedia todos os exames necessários, além de orientar no que fosse necessário. Mas nem sempre há uma obstetra tão completa como a que me atendeu e se há necessidade de controlar a alimentação na gravidez, é interessante pensar no acompanhamento de endócrino e nutricionista, sim. 

Neste post, vou contar algumas das coisas que incluí na minha dieta. Retirei o glúten ( por causa do alto índice glicêmico porque alguns estudos demonstram que o ele pode prejudicar a circulação, diminuindo o fluxo sanguíneo) 
e o açúcar ( isso desde a gravidez do Francisco e contei aqui neste post quais os adoçantes permitidos e produtos dietéticos) e cortei também fritura. Os grandes aliados para isso dar certo foram a tapioca (leia este post), o pão de queijo, o biscoito polvilho (amiguinhos se glúten). Eu também substituí o arroz por quinoa passei a adorar. Aqui neste post eu dou uma receita de risoto de quinoa.  A quinoa é é fonte de cálcio, ferro e ácidos graxos ômega 3 e 6. Como qualquer cereal, é muito rica em fibras, sendo portanto uma ótima fonte de carboidratos para a alimentação. Além disso, a quinoa possui quantidades importantes de vitaminas do complexo B.

Agora vou dar algumas dicas que melhoram a circulação sanguínea e ajudam todas as grávidas. O corpo durante a gestação mantém-se mais coagulado e para quem tem trombofilia isso é o grande risco, pois acaba-se formando trombos que podem comprometer a passagem de nutrientes e oxigênio para o feto. 


- Vitamina C (frutas, muitas frutas. Mas cuidado com a ingestão da frutose em excesso no risco de diabetes gestacional)


Alimentos que contêm vitamina C e flavonoides juntos (frutas cítricas e silvestres) fortalecem as paredes dos vasos sanguíneos, além de impedir os radicais livres de comprometer a sua resistência. 


- Cebola e mirtilho

A quercetina, flavonoide encontrado na cebola roxa e mirtilo, como sendo muito eficiente na prevenção de vasinhos, tendo ação anti-inflamatória. 

-Abacaxi
A bromelaína, uma enzima naturalmente presente no abacaxi, auxilia na circulação. 

-Peixes, chia e linhaça
Ricos em ômegas, especialmente do tipo 3, esses alimentos ajudam a evitar a formação de coágulos (trombose) e de depósitos de gordura (aterosclerose), aumentando a fluidez sanguínea e reduzindo a pressão arterial. 

- Suco de uva integral
Os flavonoides, ácidos fenólicos e o resveratrol encontrados nas sementes e cascas das uvas, possuem atividades antioxidantes, que contribuem para o efeito cardioprotetor, incluindo a habilidade de inibir as atividades de agregação plaquetária e formação de trombose.

- Alho
Aumenta a fluidez sanguínea. Use para temperar ou coma puro. 

>>>>>>Mude os hábitos!
Evite consumir gorduras saturadas e trans, pois elas irão se depositar em forma de placas nas suas artérias e veias, dificultando a passagem do sangue. Evite os alimentos industrializados, pois são ricos em sódio. 

>>>>>> Repouso na gravidez
A menos que você tenha indicação para fazer repouso, não faça. A gravidez já prejudica a circulação em todas as mulheres, pelo aumento dos níveis de estrogenio. O sedentarismo prejudica a circulação sanguínea. Movimente-se mesmo que em caminhadas leves. Gravidez com trombofilia não tem indicação para repouso. Até prejudica! 

>>>>>>>> Beba muita água!
A grávida precisa de mais água para que o corpo dê conta de tantas mudanças. Ande sempre com uma garrafinha e aumente o seu consumo normal.


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Nove comprimidos, uma picadinha e muito amor

21:48 0
Nove comprimidos, uma picadinha e muito amor

A gravidez de Iolanda foi cercada de cuidados. Além da trombofilia, que de fato é o mais grave, precisei cuidar também de diabetes gestacional (que não se desenvolveu pela dieta rígida que segui), hipotireoidismo, incompatibilidade sanguínea com o pai (sou RH negativo com risco de eritoblastose fetal). 

Na gravidez tive um problema cardíaco também. A regurgitação da válvula mitral. Basicamente, a válvula mitral não estava fechando corretamente, deixando o sangue voltar, o que me causava enorme cansaço a qualquer esforço. Isso ocorreu apenas na gravidez, pela sobrecarga do organismo. Já passou. 

Na metade da gravidez, comecei com contrações fortes, correndo risco de entrar em trabalho de parto. Por isso, fiquei de repouso quase que a gestação inteira. Esses aí são os medicamentos que usei. A injeção de heparina de baixo peso molecular usei dois tipos: Versa e Fragmin. São várias marcas e todas têm o mesmo resultado. Contra a trombofilia usei também AAS, que atua como desagregador plaquetário.

 Auxiliando na coagulação usamos ômega 3, ácido fólico (sim, ele atua na prevenção de trombos, em especial quem tem mutação do metileno-o meu caso), vitaminas do complexo B. Ao todo foram 9 comprimidos e uma injeção todo dia. Muita luta e uma recompensa gigante. Valeu demais!

sexta-feira, 25 de julho de 2014

A luta contra a trombofilia

11:45 12
A luta contra a trombofilia
Se tem algo que eu gostaria MUITO de poder levar aos quatro cantos do Mundo é informação sobre a trombofilia. Sempre vou falar, contar, divulgar, dar entrevista, espalhar. Ela faz parte da minha história de dor e de vitória. Ela me marcou para sempre. E ela faz muitas e muitas mulheres sofrerem sem que ninguém diga: você tem trombofilia. 

A trombofilia deixa o sangue mais coagulado do que o normal e em situações como a gravidez isso pode ficar sério e causar a morte do feto e da mãe em qualquer altura da gravidez. Isso foi o que matou Francisco, meu filho, com 38 semanas de gravidez. A placenta e o cordão tiveram coagulos que atrapalharam ele de receber oxigênio. Leia aqui a nossa história. 

Muitas mulheres sofrem com perdas gestacionais e continuam sem diagnóstico. Eu participo de um grupo lindo, com mulheres guerreiras e que tem como objetivo levar informação. Essas guerreiras me ajudaram muito, muito mesmo. No site, criado por elas,www.trombofilia.com tem muita informação e pode ser o início de várias respostas para quem tem problemas com a gravidez. Eu usei durante a gestação da Iolanda as "picadinhas do amor", que são injeções anticoagulantes, as heparinas. Iniciei antes de engravidar e manterei por 40 dias após o parto. Sacrifício? Nenhum! Por um filho eu topo furar até o olho de hora em hora. Esse tratamento trouxe minha pequena e pode ser a luz no fim do túnel para muita gente. 

Trombofílica, sim. E mãe de filho VIVO. Eu consegui! Muito orgulho!!!!


Fiz um vídeo registrando a última injeção antes do parto. Veja abaixo:



terça-feira, 15 de julho de 2014

Acredita em numerologia? Ela pode ajudar na escolha do nome do bebê

23:22 0
Acredita em numerologia? Ela pode ajudar na escolha do nome do bebê

São nove meses para tomar a decisão do nome do bebê, mas isso não quer dizer que seja uma tarefa simples. Existem muitas opções e sempre tem algum amigo ou familiar para dar palpite - o que complica tudo. Se você, como muitas mães, está na dúvida, uma opção para tirar é recorrer à numerologia.

O nome é o que nos diferencia de outras pessoas, por isso, é importante estar atenta não só à ortografia ou à origem do nome, mas também aos símbolos que cada um representa e as qualidades que expressa. Segundo a iQuilíbrio, a numerologia é o estudo que indica as tendências e ligações com os seres humanos e suas características, personalidades, qualidades, defeitos e espiritualidade.

Calcular a numerologia do nome do bebê é simples. Com a soma do número equivalente a cada letra, você pode saber como seu filho reagirá a estímulos e pode entender melhor sua personalidade e características.


Exemplo: Se quiser saber a numerologia do nome “MARA”, você terá que somar 4 + 1 +9 +1 = 15. E então, somar 5 +1 = 6

De acordo com a explicação do site Bolsa de Mulher, é importante que o nome escolhido tenha todos os números de 1 a 9. “A ausência de algum número trará dificuldades em lidar na área vinculada a este número. Por exemplo, a ausência do número 5 poderá trazer dificuldades para uma pessoa se adaptar a novas situações”, explica Aparecida Liberato.

O número que resultar dessa soma define a personalidade do bebê. Confira:

Criança de número 1: Independente, cheia de iniciativa e liderança, com muita vontade própria. É uma pessoa com atitudes rápidas.


Criança de número 2: Tem facilidade para se relacionar com os outros. Gosta de ajudar o próximo e é muito sensível.
Criança de número 3: É simpático, faz amizades facilmente e tem muita facilidade em se comunicar.
Criança de número 4: Perseverante, organizada e observadora.
Criança de número 5: Ágil, livre, porém cautelosa, com grande capacidade de mudança.
Criança de número 6: Muito amorosa, valoriza o relacionamento e gosta de ajudar o próximo.
Criança de número 7: É reflexiva e introspectiva, gosta de ficar sozinha para se autoconhecer.
Criança de número 8: Uma pessoa forte e corajosa, ambiciosa e que gosta de comandar.
Criança de número 9: Amorosa, solidária, com grande capacidade de compreensão e vontade de aprender coisas novas.
Criança de número 11: Este é o número mestre. É uma pessoa atenta, criativa, e animada.


Alguns sites disponibilizam uma leitura online completa sobre os nomes para que você possa tirar todas as suas dúvidas. Consulte até ter certeza de que fez uma boa escolha.

* Esta postagem é uma contribuição da Valentina Barros, jornalista por paixão, mãe de uma princesinha e apaixonada pela vida

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Iolanda, o sonho real

23:23 47
Iolanda, o sonho real
Depois que tudo que eu acreditava ruiu com a morte de Francisco, meu filho, com 38 semanas gestacionais, um dia antes da data prevista para o parto, mesmo sem querer fazer mais nada, decidi engravidar novamente. Foi uma difícil decisão. Ou eu terminava de me enterrar em tristeza e dor, findando o corpo sem alma, ou abria espaço para uma nova vida para que eu pudesse ressuscitar. Olhando o que sobrou, pouca coisa me prendia de fato. Porém, o amor da minha mãe, de meu marido e de meus filhos peludos foram determinantes. Enquanto pensava sobre o que fazer, ou esperava coragem para fazer algo, fui atrás de um real diagnóstico para 

Descobri a trombofilia, por meio de uma investigação de exames genéticos, uma doença que deixa meu sangue mais coagulado do que o normal e em algumas situações, como a gravidez, isso se agrava. Eu poderia ter tido um AVC, uma embolia, um infarto. Mas o que tive atacou meu bem maior e meu pequeno filho foi privado de oxigenação, possivelmente por causa de trombos na placenta e no cordão. A gravidez fora mesmo negligenciada pelo obstetra que nos (des)acompanhou. Ele teria que ter notado os indícios de que não estava normal e ignorou. O que causa esta doença, no meu caso, é uma mutação. Uma mutante da dor. Diante disso, existe possibilidade de ter um filho biológico? Eu buscava respostas e tentava entender o que representa essa condição de mutante. Nesta altura, eu já havia conhecido um grupo com mulheres trombofílicas e via que muitas tinham passado pelo mesmo que eu; e que outras tantas venciam a trombofilia com as chamadas "picadinhas do amor", as injeções de heparina, anticoagulantes que permitem fazer brotar a vida onde só se vê dor. 

Enquanto eu chorava, eu caminhava. Enquanto me mandavam ler livros de auto-ajuda e espiritualismo barato (não, obrigada!) eu lia artigos científicos publicados pelo mundo e estudava, pesquisava, revirava tudo que pudesse me dar uma resposta REAL sobre o que aconteceu com meu filho e, ao mesmo tempo, nortear meus próximos passos. Eu tinha que saber onde estaria pisando. Paralelo a isso, outra luta a ser travada, a da fertilidade em si. Portadora da Síndrome do Ovário Policístico, não ovulo naturalmente todos os meses. Foi o que causou uma busca de dois anos pela gravidez do Francisco. E agora eu demoraria mais dois anos? Me recusei! Eu estava entre dar vida ou morrer, não é mesmo? Não poderia, e não queria, esperar mais nada. 

Apenas um fio de esperança ainda restava em mim. E fui buscar, então, um tratamento para ajudar meu corpo a ser fértil. Ciente de todos os riscos que essa empreitada representava, topei iniciar a busca pela nova gravidez apenas três meses após ter passado por uma cesariana. E cinco meses após enterrar meu filho amado, eu consegui. Impossível não ter medo. Eu fui tomada por ele, jogada no chão. Sim, havia um outro bebê e ele sobreviveria? E eu suportaria ver um outro filho meu morto? Não! Desta vez eu morreria junto, jurei. Era minha última chance. Como um bicho, resolvi que chocaria em paz, em silêncio. Me preservei e contei para o mínimo de pessoas possível. E a gravidez progredia. Até que meu corpo pediu pausa. A dor do corte da cesariana se esticando, a exaustão emocional e física, a perturbação psicológica se uniram a um problema detectado em uma válvula em meu coração que estava realizando seu trabalho mal (mas que bela porcaria de corpo eu tenho!) e me deixando sem ar ao mínimo esforço. Fui afastada do meu trabalho antes de completar quatro meses de gravidez e, por isso, quem me viu até essa época nem sonhou que eu guardava um segredo e um tesouro. 

Nessa altura, eu já brigava com a alimentação, cortando tudo, e mais um pouco, por causa da diabetes gestacional. Eu comia sem sal, sem açúcar, sem gordura, sem glúten. A água foi liberada, rs. Ah, tem também um hipotireoidismo controlado e um fator RH negativo, com sangue positivo do marido, e mais um ato negligente do dr. Monstro de não me vacinar após o parto do Francisco, colocando em risco outros filhos meus que poderiam ser considerados invasores neste corpo bichado, a chamada eritroblastose fetal. E o pulso ainda pulsa! 

Contra nós, quase tudo, inclusive o preço dos medicamentos que eu precisava tomando e que, felizmente, teve GRANDE ajuda do primo de meu marido (salve, salve, Rodrigo! Gratidão eterna!). Pois bem, cama, remédios, exames, dois obstetras, ultrassom quinzenal, comida sem graça, monitoramento constante, choro, pânico e crescia em mim a vida. Por conta de tamanha monitoria, soube bem cedo (11 semanas, menos de três meses) que teria uma menina. Relutei um pouco a comprar lacinhos e fru-frus, mas, aos poucos, a pequena bailarina foi tomando conta do seu espaço em meu coração e no quartinho que havia montado para o irmão. Iolanda, foi o nome escolhido anos antes, junto com Francisco. A cada exame uma vitória: Iolanda crescia, engordava e ganhava força. E logo foi possível sentir esta força. Chutes me diziam constantemente: mamãe, estou viva! 

O medo? Ah, esse passou a fazer parte de mim. Chorei TODOS os dias de minha gravidez, seja pelo luto recente e eterno de enterrar um filho, ou pelo pavor de pensar que a situação poderia se repetir. Mas eu precisava lutar e, desta vez, ser o que muitos acham que eu já nasci sendo: forte. Diante da morte do Francisco eu não fui forte. Não existe isso! Não escolhi viver aquilo. Mas com relação à Iolanda, eu precisava ser. Eu tinha colocado aquela pequenina na grande enrascada de sobreviver em meu corpo. Ela dependia de mim. E ela ia conseguir. Eu dizia a ela diariamente: lute daí que eu luto daqui. E da-lhe remédio! Tudo contra e o amor a favor. Mamãe Maravilha! Sou eu! 

Iolanda chegou com a única missão de ser. Ser o que quiser, apenas ser. E embora tenha papel determinante na vida de seus pais, ela não é tapa-buraco, restituição, substituta ou algo do gênero. É a nossa filha, a irmã do Francisco, e, como irmã, ocupa o espaço dela, jamais o dele. Ou alguma outra mãe precisa retirar um dos filhos para dar lugar ao novo? Iolanda, a nossa bailarina, nossa gatinha, nossa princesa, nosso raio de sol, nossa vida. Vencemos a Síndrome do Ovário Policístico, a trombofilia, o hipotireoidismo, o risco da eritroblastose fetal (pelo RH negativo), diabetes gestacional, refluxo da válvula mitral, corte da cesariana recente, medo, trauma, angústia, dor, tristeza, sufoco, caos, breu.

Eu escondi a minha gravidez dos curiosos. Apenas os amigos mais próximos ficaram sabendo. Eu não me senti segura para alardear e expor a mim e à minha família a julgamentos, cobranças de felicidade (foi uma felicidade dividida com tudo que já disse. Impossível seria sorrir com a alma, que nem estava presente), expectativas e curiosidades, acima de tudo. 

Houve quem escondesse os filhos de mim após eu perder meu filho. Imaginaram que eu poderia "agorar" a criança, botar olho gordo, desejar mal. Sim, fiquei sabendo. Me convidar para aniversários de criança, chá de bebê e batizado, vixe, esquece. Quem quer a imagem da má sorte em meio a alegria? Houve, ainda, quem dissesse, e afirmasse, que eu saí de circulação (já que estive enclausurada por meses) porque eu estava doida. Fiquei sabendo também. E houve quem disse coisa muito pior que nem quero saber. Eu estava era ocupada com minha família.

Francisco segue sendo amado. Iolanda fez uma total transformação em minha vida. Eu iniciei o meu renascimento tendo em mente que aquilo que um dia fui, jamais voltarei a ser. E se metade de meu ser se foi com meu filho, o que restou passa neste momento a ser integralmente de Iolanda. Por ela eu viverei, comemorarei cada dia seu de vida, conhecerei novas formas de ser e de estar aqui neste mundo que, para mim e pra ela acaba, de começar.

A trombofilia pode ser vencida, tendo um acompanhamento gestacional severo (que inclui exames de sangue para verificar a coagulação sanguínea e ultrassom com doppler constantemente). O uso das heparinas (as chamadas picadinhas de amor) são a luz no fim do túnel para milhares de mulheres que sofrem aborto recorrente, perda gestacional tardia, pré eclampsia, bebê com baixo peso, descolamento de placenta. A trombofilia nem sempre se anuncia. Pode ser silenciosa, sendo necessário um olhar clínico apurado do médico para que detecte durante a gravidez, sem exames, que algo não vai bem. Portanto, todas as grávidas deveriam ser submetidas ao ultrassom com doppler durante toda a gravidez. Fazer um único e relaxar não adianta. O doppler garante a vitalidade fetal por no máximo 15 dias. Ele é o instrumento que pode salvar vidas e prevenir muita dor. 

Ps- foto tirada 4 dias antes do parto. Engordei 7 quilos ao todo. Mérito meu. Inchei zero. Mérito do tratamento. Viva a santa heparina!


No vídeo abaixo, eu conto como foi esta caminhada até ter o colo preenchido por Iolanda. 



terça-feira, 17 de junho de 2014

Dias frios podem aumentar casos de hipertensão

22:40 0
Dias frios podem aumentar casos de hipertensão
O frio característico do inverno pode trazer mais problemas do que gripes e resfriados. No caso das mulheres grávidas é preciso redobrar os cuidados, pois com a temperatura mais baixa é comum o aumento da pressão arterial por conta da contração dos vasos sanguíneos para conservar o calor no corpo. E a consequência disso para as gestantes é o aumento da probabilidade de pré-eclâmpsia, doença que eleva a pressão durante a gestação e pode trazer danos graves à mãe e ao bebê.

A doença não possui uma causa específica, mas há diversos fatores que tentam explicar o seu aparecimento. A hipótese mais discutida pela medicina envolve fatores maternos e placentários e a principal teoria é uma anomalia no desenvolvimento dos vasos sanguíneos da placenta no início da gestação, que faz com que haja diminuição do fluxo sanguíneo placentário que causa a liberação de fatores antiangiogênicos e outras substâncias na circulação materna, que acabam resultando em hipertensão.

Por se tratar de uma complicação grave, é preciso tomar muitos cuidados, como explica o ginecologista Mario Macoto, do Hospital e Maternidade Santa Joana. “A gravidade da doença é influenciada pelos fatores maternos e específicos da gravidez, mas fatores paternos e ambientais também podem estar relacionados”.

A doença ocorre em cerca de 7% das gestações, sendo mais comuns em casos de gravidez múltipla, adolescentes e mulheres com mais de 40 anos . A maior parte dos casos de pré-eclâmpsia se manifestam na segunda metade da gestação, a partir da 20ª semana, e é uma ameaça para o feto, pois pode diminuir o fluxo de sangue para a placenta, que é responsável pelo transporte de oxigênio e de nutrientes.

É importante ter muita atenção, já que o aumento da pressão leva a uma alteração do fluxo de sangue útero-placentário podendo ocorrer a restrição do crescimento fetal e alteração da vitalidade, sendo necessário, muitas vezes, antecipar o parto. Assim como, há o risco de ocorrer o descolamento prematuro da placenta, que é uma emergência obstétrica com indicação de parto imediato.

São diversos os fatores de risco que podem ocasionar a pré-eclâmpsia ou Doença Hipertensiva Específica da Gravidez  (DHEG) como uma primeira gravidez, hipertensão crônica, diabetes mellitus – decorrente do aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue - obesidade, gravidez múltipla, neoplasia trofoblástica gestacional, doenças do colágeno, problemas renais e antecedente pessoal de pré-eclâmpsia em gestação anterior ou familiar (mãe ou irmãs). *

Para não correr riscos, toda mulher deve ter consciência de que o momento da gravidez, além de especial, demanda muitos cuidados. Desta forma, é indispensável o acompanhamento pré-natal regular, como explica  Macoto. “Para evitar o surgimento da doença grave, o principal é fazer um bom pré-natal para garantir que a mãe e o bebê estejam bem, e em presença de ganho de peso súbito, inchaço principalmente de mãos e rosto, procurar imediatamente o seu médico. As futuras mamães devem praticar atividade física moderada, como caminhar trinta minutos três vezes por semana, além de beber bastante água diariamente, por exemplo.”

Ainda com todos esses cuidados, os casos mais graves de pré-eclâmpsia necessitam de internação imediata, para isso, o diagnóstico precoce é essencial. Deste modo, o Hospital e Maternidade Santa Joana instituiu o protocolo DHEG para aumentar o controle da doença que é a maior causa de mortalidade materna no país.

Assim, uma equipe multidisciplinar composta por médicos e enfermeiras que realizam um atendimento baseado em rigorosos critérios clínicos garante mais segurança à gestante. No protocolo DHEG, se forem identificados parâmetros de risco, a gestante é encaminhada para a UTI, para coleta de exames, avaliação fetal, monitorização clínica e tratamento. Nos casos graves, a internação é necessária para controle pressórico com medicação hipotensora, avaliação diária da vitalidade fetal e exames laboratoriais para seguimento da condição clínica materna, sendo muitas vezes necessária a antecipação do parto. “O principal objetivo do protocolo é evitar a eclampsia, diminuir a prematuridade extrema e a morbidade materno-fetal, tudo isso mediante a padronização do atendimento de uma condição obstétrica”, esclarece o médico.

O médico ainda explica que sendo identificado uma pré-eclâmpsia leve, o tratamento pode ser feito sem internação. ‘’Nesses casos, a indicação é a diminuição do estresse, fracionamento da alimentação com cuidado na ingestão de sódio e carboidratos, controle no ganho de peso, atividade física moderada, uso eventual de medicação hipotensora e avaliação fetal quinzenal’’, conta o especialista.

Se não tratados, os casos graves podem evoluir para a eclâmpsia – quando ocorre a convulsão - sendo necessário o tratamento e estabilização do quadro materno e avaliação da vitalidade fetal para indicar o parto.

Futura mamãe, conheça os sintomas e fique atenta:
Inchaço, principalmente de mãos e rosto
Ganho súbito de peso
Dor de cabeça
Distúrbio visual
Dor de estômagoDesconforto respiratório
Mal estar
Na eclampsia, além destes sintomas, ocorre a convulsão

*A trombofilia também vem sendo apontada como um dos fatores capazes de desencadear a doença (nota da autora do blog).

* Com informações da assessoria de imprensa do  Hospital e Maternidade Santa Joana