EU CURTO SER MÃE: Colunistas
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Praias paradisíacas pertinho de BH, com precinho camarada e muita estrutura, quer ver?

23:18 1
Praias paradisíacas pertinho de BH, com precinho camarada e muita estrutura, quer ver?



por: Mariana Isabel


 Passamos o feriado prolongado do dia 08 de dezembro no litoral, 3 dias de descanso em família, nas belíssimas praias de Arraial do Cabo, ao lado de Cabo Frio - RJ. 

Nessa viagem alugamos um apartamento, mas bem diferente do convencional apê de praia, esse fica em um condomínio super completo, com piscina adulto e infantil, parquinho, área de churrasqueira e ainda restaurante com café da manhã, almoço, várias opções de tira gosto e drinks. Quase um hotel, mas com preço e praticidade de apartamento. 


Eu encontrei o @paraisogoldenlake e já me apaixonei a primeira vista. O Felipe, proprietário, é um doce de pessoa, super atencioso. O apartamento está no airbnb tbm, quem quiser pode alugar por lá, mas se quiser chamar pelo direct ele responde rapidinho. 

A localização é otima, de frente pra uma lagoa linda e atrás da Praia grande. Tem duas vagas de garagem e guarita 24 horas, super seguro. 


Eu prefiro estar em um apartamento quando viajo com meus filhos bebês. Preciso lavar e aquecer mamadeiras, a comida dos bebês eu prefiro fazer eu mesma, então realmente acho essa a opção mais prática , ter tudo isso, nessa estrutura incrível foi sensacional. 



E tem cupom de desconto, quem estiver a procura de uma boa opção pra curtir o verão, e tiver se interessado em conhecer o @paraisogoldenlake, pode falar que viu o post aqui no Eu Curto Ser Mãe ou lá na minha pagina @eumarianaisabel que já garante10 % de desconto na hospedagem. 


#Arraialdocabo

#goldenlakeresidence

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

#NãoÉPorqueSouMãe

21:36 0
#NãoÉPorqueSouMãe

Eu não quero criar meus filhos sozinha! 

É preciso uma aldeia pra criar uma criança, mas a gente precisa deixar a aldeia entrar, precisa deixar as outras pessoas participarem.


Eu sempre acreditei que só o meu amor não é o suficiente para os meninos, é imenso mas não é suficiente. Eu tenho um jeito de fazer as coisas, um ponto de vista, uma opinião, ninguém mais pensa como eu eles, quando crescerem, também não pensarão, por isso acho extremamente rico a convivência deles com outras pessoas. 

Eu não ligo se minha mãe os alimenta de um jeito diferente, se minha sogra coloca pra dormir diferente de mim, se meu marido tem uma maneira pessoal de dar o banho, cada um faz de um jeito e com isso as crianças só tem a ganhar.


E vocês, deixam as outras pessoas participarem? Ou tem a mania de ter que ser tudo do seu jeito? 

Vamos conversar sobre isso??? 

Autora Mariana Isabel

 @NaoEporqueSouMae

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Hidratação infantil: cuidados no verão

17:17 1
Hidratação infantil: cuidados no verão
Hoje começa o verão e neste período com altas temperaturas, as crianças costumam sofrer mais que os adultos. É necessário redobrar os cuidados,  pois elas possuem uma menor massa corporal, por isso absorvem mais calor e consequentemente a perda de líquido é maior, aumentando o risco de desidratação.

A desidratação inicialmente pode apresentar sinais mais simples como: boca seca, irritabilidade, cansaço, diminuição da frequência ou volume urinário, desânimo, moleira aprofundada (em bebês), olheiras ou olhos fundos, dores de cabeça. Uma vez que não ocorra a hidratação adequada, estes sintomas podem evoluir para: febre, queda da pressão arterial, convulsões, desmaios, aumento da temperatura corporal, taquicardia.

É importante lembrar que as crianças podem não ter consciência das suas necessidades, ou ainda não saber como expressá-las, portanto é necessário que os pais ou responsáveis estejam atentos e procurem oferecer e estimular a ingesta hídrica. A água deve ser a primeira e principal escolha para hidratas, outras bebidas: água de côco, sucos de frutas, leite, chás, isotônicos. Ofereça também frutas mais ricas em água como a melancia, abacaxi, melão, morango. Evite oferecer refrigerantes e cafeína, pois estes atuam como diuréticos. 


Para estimular as crianças a consumirem líquidos, pode -se utilizar recipientes atrativos: copos coloridos e com os personagens favoritos; transformar os sucos de frutas em picolés; utilizar canudos. 

Lembrando que bebês até o 6º mês de vida que são amamentados exclusivamente, não necessitam de complementos para a hidratação pois o leite materno já possui a quantidade de água suficiente para suprir suas necessidades.

Outros cuidados importantes para prevenir a desidratação são:

- O uso de roupas leves, chapéus, sombreiros;
- Evitar exposição ao sol entre 10h e 16h;
- Dar preferência a ambientes frescos e ventilados;
- Uso do filtro solar;
- Evitar atividades físicas mais intensas nos dias mais quentes.

Intoxicações alimentares podem causar episódios de diarreias ou vômitos intensos, levando à desidratação. Para a prevenção é importante lavar bem as mãos com água e sabão com frequência, principalmente antes das refeições e após utilizar o banheiro. Não deixe de procurar atendimento médico em caso de aparecimento destes sintomas.

Uma dica bacana para quem está planejando viagem para a praia, ou ainda para os banhos de piscina, rios ou até mesmo de mangueira são as roupas de banho com filtro protetor solar, que podem ser encontradas em forma de camisetas com mangas curtas ou longas, maiôs com mangas longas, entre outros. O mercado já dispõe de modelos diversos que além de embelezarem seus pequenos, proporcionam uma excelente proteção contra o sol. 

Não deixe de cuidar bem da hidratação e aproveite melhor o verão!!

Boas férias e até logo!


Micaele Gomes
Instragram: @micaeleacg

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Vida de mãe acadêmica

18:33 2
Vida de mãe acadêmica
Oi pessoal, tudo bem? Hoje eu resolvi falar sobre a minha experiência de viver a maternidade e conciliar com a minha rotina acadêmica.

Sabemos o quão difícil é a missão de ser mãe, e como ela se torna ainda mais complicada pela necessidade nos dedicar à diversas atividades além de cuidar da cria. Comigo não foi diferente, além de mãe, esposa, filha...eu também era estudante em período integral e enfrentar a maternidade durante a faculdade foi um dos maiores desafios da minha vida.

Quando comecei a faculdade eu já estava casada, na época eu trabalhava mas decidi que faria enfermagem e precisei abrir mão do meu emprego uma vez que o único curso aqui é diurno. Eu e meu marido decidimos que tentaríamos a gravidez durante o curso e que não havia necessidade de trancar a faculdade se tudo ocorresse conforme planejávamos. E no final de 2011 começamos as tentativas. Lembro que naquele ano no segundo semestre, tive uma professora de anatomia que encorajava a minha decisão e nossas conversas sempre foram motivadoras, pois tinha receio de não conseguir conciliar.

Como eu já disse aqui no blog, não foi fácil engravidar e eu tive duas perdas gestacionais. Sofri muito e esses dois momentos ocorreram durante as minhas férias, então não precisei me ausentar das aulas e pude me preservar mais. Quando engravidei da Laura eu também estava de férias, iniciando o penúltimo ano do curso e quando as aulas começaram eu resolvi esperar um pouco até contar a novidade aos meus colegas. Logo após o início do curso eu tive descolamento de placenta e me afastei por atestado médico, precisei fazer repouso absoluto. Quando retornei à minha rotina na faculdade, eu contei a novidade a todos e foi um momento muito feliz.

Estudei até o 8º mês de gestação e minha intenção era frequentar as aulas até as vésperas do parto mas não foi possível. Durante a gestação eu fiz estágio em postos de saúde e hospitais. Eu sentia muito desconforto já que muitas vezes eu ficava muito tempo em pé, mas não ter aula nas sextas feiras já ajudava bastante. E no final da gestação o desconforto era tanto que eu não conseguia prestar atenção nas aulas, levantava muito pra ir ao banheiro, sentia muito enjôo, azia, dores e meu obstetra resolveu que seria melhor que já me afastasse das minha atividades acadêmicas.


Laura nasceu e tudo ocorreu muito bem. Minha licença maternidade se prolongou devido as férias de final de ano. Durante a licença maternidade eu fiz muitos trabalhos em casa, enormes atividades e um bebezinho precisando de toda a minha atenção. Foi muito difícil e muitas vezes Laura ficava na cadeirinha de descanso e eu balançando a cadeirinha com o pé enquanto lia e escrevia. Algumas vezes por causa do prazo eu lia enquanto amamentava. Quando retornei precisei dar conta do novo ano letivo e das minhas atividades domiciliares, da tão temida monografia, do estágio curricular e ainda repor estágios que perdi durante a licença.

Quando a licença estava acabando eu comecei a introduzir a mamadeira, ela estava com 5 meses e não aceitava de jeito algum, eu sofri e achei que precisaria trancar o curso. Agora ela era a prioridade e eu trancaria se fosse preciso mas ao ficar com as avós ela aceitou a mamadeira e a adaptação na creche muito muito tranquila, depois vou contar com mais detalhes sobre a experiência da creche. Foi um período de muita insegurança, sofrimento mas também de transformação. Meu último ano de curso foi ainda mais estressante e cansativo que o normal, um ano cheio de obstáculos e desafios que foram superados.

Não me arrependo da decisão de ter continuado a faculdade e ter deixado a Laura tão pequena na creche. Eu precisava concluir os meus estudos e acredito que se tivesse adiado por mais 1 ano o meu retorno, poderia desanimar e acabar não retornando. É importante dizer que independe da sua escolha, seja ela retornar ou não ao seu trabalho\estudo não te faz menos mãe ou uma mãe melhor. Cada vivência é um universo diferente, e não nos cabe julgar e sim apoiar a mãe em sua decisão. Eu tive muito apoio, claro que enfrentei críticas mas isso só fortaleceu a minha decisão, afinal ninguém conhece as nossas lutas melhor que nós mesmos.

Neste ano eu me formei, sou bacharela em enfermagem, uma conquista que fruto de muita dedicação e persistência. Nunca enxerguei a Laurinha como um obstáculo, pois ela se tornou a minha maior motivação. Atualmente sou mestranda em ciências ambientais, recentemente passei na seleção do mestrado: um novo desafio que irei encarar, o início de uma nova jornada.

Esta é a minha experiência como mãe e estudante, ela continua e ainda pretendo ir além. Acredite, você pode ser muito mais forte do que imagina! Aprendi que sou capaz, e momentos de medo insegurança fazem parte mas não podem ser maiores que nossos objetivos.

Beijos,
Micaele Gomes








Mãe de UTI

08:00 0
Mãe de UTI

Quem foi mãe de uti sabe como é complicada a temporada de quem necessita passar neste lugar. Sabe a loucura que é cada dia, cada visita, cada palavra do médico. Cada saída, cada chegada.
Mãe de uti não dorme direito, come qualquer coisa (quando come) e tudo que faz é ficar perto da cria olhando. Quando não pode tocar, olha e torce. Fala, sussurra, reza, vibra, dá passe, faz oração, chama o nome de todos os santos. Reza pelos médicos, pelas enfermeiras, pelas assistentes, pelo hospital inteiro, pela humanidade. Lê todos os salmos, faz força com o pensamento, vê anjos em volta da incubadora. Aceita todas as religiões, toda força que vier positivamente é muito bem-vinda.
Quando toca seu bebê tenta passar toda sua força, até mesmo sua vida através de sua mão, tenta doar algo para tirar sua criança dali logo e tê-la consigo.




Se você  conhecer uma mãe de uti, não precisa dizer muita coisa, não precisa perguntar muita coisa, só diga que logo ela estará em casa com seu bebê. Mesmo que a situação seja a mais complexa possível, isso é o melhor a dizer, porque esperança de mãe de uti é a última a morrer. Enquanto bate o coração, mãe de uti espera tudo de volta.

Mãe de uti não descansa, não lembra de comer, não conversa sobre outra coisa. Tudo que ela pensa dia e noite é: "Quero minha criança nos meus braços hoje, bem longe daqui".
Médicos, não perguntem a uma mãe de uti até que ponto ela sabe o que está acontecendo. Cheguem e falem logo. O suspense que existe nas visitas é sufocante, cada passo do médico em sua direção é visto como em câmera lenta, e a cada plantão ela precisa ficar repetindo a mesma história, isso é desgastante. Larguem esses protocolos!

Muitas vezes mãe de uti fica sozinha com sua esperança, pois todo mundo já não vê mais chance. Deixem-na ir em todas as visitas, deixem-na entrar.

Mãe de uti aprende a lavar das mãos até o cotovelo, a não tocar em nada depois, a andar com braços dobrados empurrando portas com os quadris, e vive cheirando a álcool gel. Seus olhos são atentos a cada medida tomada pelos profissionais dentro da sala. Seus olhos são atentos às máquinas, números, sondas, horários, suas perguntas são infinitas. E sempre pedem um exemplo de alguma criança que esteve assim e se salvou. Se sentem mais conhecedoras de suas crias que a própria medicina. Deixem-nas. Seus corações aceleram a cada visita que não podem fazer por motivo de intercorrência com algum dos outros pequenos pacientes.

Mãe de uti não acredita mentalmente quando o médico diz que o bebê piorou, exclui a informação da mente, repreende, acha que é tudo exagero. Mesmo que o coração aperte sentindo que é real. Aliás, não tem como distinguir o que é real. É um estado emocional que te deixa fora do corpo, ora está no médico, ora está na criança, ora está em um aparelho...seu ser muda de lugar a todo momento.

E elas também comemoram cada bebê que vai pra casa, choram a dor de outras mães que não tiveram a mesma sorte, como se fosse sua própria criança. Sentem medo, sentem vontade de que aconteça o mesmo com elas e também possam sair. E por vezes se perguntam porque não foi sua vez. Mas não há um pingo de maldade em seus pensamentos, porque elas jamais desejam o mal para obterem o bem (nem teriam tempo para isso). Elas querem que todas crianças saiam, e até convivam, sobreviventes daquele lugar numa grande festa de 1 aninho.

Ofereçam abrigo a uma mãe de uti, deem colo, coragem, contem casos de sucesso, dirijam por elas, cuidem de suas casas,  isso é o que realmente funciona com uma mãe nesta situação. Esta mulher nunca mais será a mesma. Independente se sai dali com os braços preenchidos ou não.

Aline Amorim




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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

A parceria

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A parceria

Foto: Jamir Alves Caixeta Jr


Realizei uma curta viagem com meus três filhos de Brasília ao Rio de Janeiro. Digo curta, pois saímos na sexta-feira e retornamos no domingo. Bom, era aniversário de 80 anos de uma queridíssima tia minha e eu jamais perderia a oportunidade de abraçá-la, agradecê-la por tantas coisas maravilhosas que nos proporcionou por todo este tempo e continua a proporcionar. Por outro lado também jamais perderia a chance de encontrar com meus primos, que são um amor imenso na minha vida e rever seus filhos, que ou têm idade dos meus ou estão na fase da adolescência, alguns adultos também que não consigo acreditar que já peguei no colo.

Maravilha! Que grande oportunidade de abraçar a todos e “exibicionista como um pavão” mostrar os meus filhotes de  5 a, 2 a, e 4 m e me deleitar com os elogios de todos. Até aí tudo bem.
Pra começar, a viagem de ida foi aquele sufoco: Davi de 2 anos não se contentava em ficar paradinho dentro de um avião (óbvio que não, passado o deslumbre inicial, não parava quieto). Conversava com todos ao redor naquela linguagem característica de 2 anos. E berrava querendo sair do lugar nos momentos mais impróprios (decolagem, cintos afivelados, aterrissagem) , enquanto isso, minha filha de 5 anos perguntava todas as questões físicas e metafísicas do mundo. E o bebê, ah o bebê, este dormia como um anjo no colo da minha mãe, até surgir a fominha. Não se importava bulhufas com o que ocorria por perto (viva!)

Bom, a chegada foi tumultuada, pois eu que tinha que descer no aeroporto SDU, fui parar no GIG por causa do mau tempo, a companhia aérea nos levou até à porta do aeroporto (éramos nós – a criançada- a malona, minha mãe idosa e meu irmão com deficiência visual) com um voucher na mão. Voucher este que foi recusado pelos taxistas, de primeira, pois éramos 7, precisavam ser 2 vouchers. Até aí, não comentei o que eu mais queria comentar. Esses momentos de aperto acontecem com todos: não-mães, mães, pais, passageiros em geral.

O que quero contar é que, ser mãe de 3 crianças e optar por não ficar trancada em casa é algo que considero quase impossível. Seria impossível se não houvesse a parceria nestes momentos de sair. E quando digo parceria, não me refiro necessariamente a marido, ex-marido, mãe, pai, babá, cunhados, sogros. Eu me refiro a todos aqueles que têm oportunidade de ter junto a si pessoas que fazem acontecer. No meu caso, especificamente, tenho um grande parceiro, meu marido. Que topa tudo mesmo. E a minha amada mãe de 78 anos que tem mais energia que eu mesma. Mas poderiam ser grandes amigos, uma vizinha zelosa, ou até mesmo um irmão, um sobrinho. Não importa. A parceria para quem decide ter um filho, dois, três, quatro (como eu), até cinco  ou mais (cada um sabe de si!) é fundamental. Posso  contar  também muito com minha sogra e minhas cunhadas, mas infelizmente moram muito longe, mas sempre que vêm me ajudam para valer!

Foto: Jamir Alves Caixeta Jr


Quando é possível a parceria vir do nosso companheiro, ela é especial pois afinal ele aceitou a jornada incrível que é ser pai. E ser pai, entre outras coisas muito legais ou muito responsáveis, é também correr atrás do molequinho que está perto da piscina, é conversar com os parentes com orgulho de tê-lo no colo, é pentear o cabelo de sua princesa, é arrumar mochila de escola e trocar muita fralda. É ir ao supermercado com o filho agarrado na perna, enfim. É dividir o que é para ser dividido. Não é ajudar, é ser pai. Afinal, a paternidade  é um nome relativo ao masculino mas tem muito de “ser mãe” também.  Ou talvez eu dissesse que é o complemento da beleza e o sufoco de ser mãe.

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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A culpa nossa de cada dia

15:21 1
A culpa nossa de cada dia


Se tem uma coisa que eu acredito que nasce com a mãe é a culpa. Basta o primeiro piscar de olhos do bebezinho neste mundo que esta incômoda sensação invade nossos corações sem piedade. Lembro-me bem, na minha primeira gestação, de Lívia. Eu, mãe de primeira viagem, diante de tantas notícias ruins na TV ficava com aquela sensação de “meu Deus, será que eu deveria gerar um serzinho tão lindo, tão fofinho para esse mundo cheio de perigos, trapaças, violência? Como acompanharia essa vidinha em todas as fases e a encaminharia para se proteger desses perigos?”.


Certamente, o trabalho duro e prazeroso de ser mãe não me permitiu “viajar” mais tanto neste assunto com o passar dos dias do bebê já nascido


Na minha segunda gravidez, que foi de Sofia, filha que perdi aos 23 dias de nascida, estava lá também a culpa. Não havia nenhum diagnóstico, minha filha não tinha nenhuma deformidade congênita, nem enfermidade. Os dois primeiros dias nós passamos juntas na maternidade, no quarto, normalmente, amamentando felizes e nos reconhecendo. Aí veio a culpa de estar longe da minha filha mais velha, que dor eu sentia (nem sabia ainda pelo que passaria com Sofia). Sentia tanta falta dela que cheguei a chorar tão alto que a enfermeira me chamou a atenção, pois disse que “pareceria depressão pós parto” e eu não voltaria para casa. Quando Sofia foi para a UTI, eu quase de alta, veio novamente a culpa... E de forma irracional. Ela teria sentido por eu estar com saudades da mais velha? Ela achava que eu não a amava suficiente? E a pior de todas: Eu haveria feito algo errado durante a gestação que pudesse tê-la levado à UTI? Indubitavelmente as respostas para todas essas perguntas eram Não. Mas elas orbitavam pela minha cabeça e, claro, eram muito mais pesadas que a primeira experiência com a “culpa materna”.


Bom, ao longo de muita história, Sofia já falecida, a culpa e a dor sempre ali, “cutucando” a minha tentativa de seguir em frente, por motivos que seriam extensos de contar aqui, em 2013 lá estava eu de novo em um hospital, cuidando de meu pai em coma. Foram seis meses e neste período eu engravidei de novo de meu menino lindo, Davi, hoje com dois aninhos. Nesta gravidez posso dizer que a culpa não me acometeu completamente no seu decorrer. Eu estava vivendo um caos tão grande que a gravidez foi aos trancos e barrancos, mas saudável, porém. No final das contas, meu pai acabou falecendo, vivenciei seu enterro grávida e todo aquele processo de luto que eu já conhecia, mas desta vez
grávida. Claro que a culpa apareceu. Apareceu porque eu estava exaurida, apareceu porque eu achei que a gravidez naquele momento foi pesada demais. Mas não havia planejado, nem evitado. Ela simplesmente aconteceu. Hoje vejo como uma luz naquele mundo de trevas que eu estava vivendo. Davi veio forte, mamava bastante, era um bebezão, bochechudo e já com traços bem característicos de homenzinho. Lindo, brilhante, amoroso. Vivi a incoerência da dor e alegria ao mesmo tempo.

Finalmente, 1 ano e meio depois, engravidei (planejadamente) do meu terceiro filho. Aí a dona culpa, velha conhecida, já estava lá de prontidão em meus pensamentos: “Diga a verdade você desejava uma menina!”, (não era verdade, quem perdeu uma vez, sabe que isso não é verdade). Outra coisa que me levava de encontro a este sentimento tão discutido aqui era: Meu filho do meio era um bebê ainda... Quanto colo não pude dar, quão perdido ele ficou com a chegada de um bebê em casa (por mais que tentássemos prepará-lo) e como ele era (e ainda é) nosso xodozinho, como era difícil dividir a atenção. Fora a minha mais velha, que até que deu para controlar o ciúmes, mas também deu sinais de que estava um pouco perdida. Já havia passado pela perda da irmã, cuja preparação havia sido feita com muito amor e carinho para recebê-la. Chegou a visitá-la no hospital e sentir a sensação de ter uma irmãzinha. Cheguei a ver o brilho em seus olhinhos.

Hoje, passados alguns meses eu (tardiamente) já percebi que esse sentimento vai me acompanhar sempre, pode ser radical, mas pra mim, ser mãe é ter culpa. Pois nos sentimos tão donas daqueles amores que nos sentimos responsáveis por tudo sobre nossos rebentos e até mesmo aquelas coisas que não podemos controlar. Só mesmo vivenciando isso, enfrentando estes pensamentos que ora vêm nos visitar e colocar na cabeça (como é duro) que os filhos são do mundo mesmo, esse mundão louco que vivemos. Temos nossas responsabilidades, nossos deveres, mas existe um limite próprio do “ser” humano e dali não podemos passar. Então, que vivenciemos esta experiência magnífica com coragem, fé, força e pé no chão.

Aline Amorim


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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Eu, o Baby Blues e a força do amor

17:53 0
Eu, o Baby Blues e a força do amor
Francisco, 4 dias de nascido, no colinho da Titia Nane
Conheço poucas mulheres que não sonham com a maternidade. A maior parte, que convive comigo, sonha, idealiza, planeja e romantiza a situação. Eu me enquadro no tipo que romantizou muito esse tão sonhado momento e, logo no início do pós-parto, fiz questionamentos da falta de preparação para me tornar mãe. Isso mesmo. A gente nunca está preparada e as pessoas evitam nos contar a realidade.
Hoje, quando posso e sinto abertura de falar com uma nova mamãe, tento ao máximo explicar o quanto ela vai precisar ser forte. Não tive depressão, mas vivi um momento de muita melancolia após o parto. Eu não aceitava viver aquilo, pois sonhei e lutei muito pela vida de Francisco, entretanto, a queda hormonal, o cansaço, o medo... Tudo colaborou para os 10 dias de choro intenso, escondido, envergonhado. Assim como a maioria das novas mães, me senti confusa. Como poderia sentir tristeza após um acontecimento tão lindo e feliz na minha vida? Tudo era muito confuso, eu sabia que não era tristeza, sabia que não era rejeição. O amor por Francisco só crescia em meio aquele turbilhão de pensamentos loucos. Foi aí que descobri o famoso Baby Blues.
Mas o que causa esse bicho tão assustador? De acordo com um site “queridinho” das mães – o Baby Center – o Baby Blues ou Blues Puerperal pode estar ligado às mudanças hormonais que acontecem na primeira semana depois do parto e, à medida que seu organismo começa a produzir o leite materno, os hormônios vão se estabilizando.
O Baby Blues faz a gente se sentir triste, incapaz. Faz a gente temer e pensar que a angústia nunca vai passar. Eu olhava para o meu filho e sentia amor, paixão por cada lindo traço daquele pequeno rostinho, mas ao mesmo tempo acreditava que jamais seria feliz novamente. Então me culpava e pedia perdão aos céus por ser “uma mãe tão fraca”.
Com o passar dos dias, percebi que as coisas começaram a entrar em ordem. Recebemos tanto amor da minha família que a tristeza deu vez à tranquilidade de saber que tudo aquilo era apenas um período de adaptação do corpo, da mente e da rotina. Eu, que muitas vezes, apontei o dedo para mães que relatavam essa “depressão”, pude enfim entender que não é uma escolha e me perdoei.
Durante esse início na vida materna, também compreendi o poder de um abraço, de um olhar. Entendi a grandiosidade de um colo para o bebê. Percebi quão gigante é o amor de uma tia que socorre o sobrinho na madrugada. Que senta numa poltrona e segura aquele serzinho indefeso enquanto a irmã descansa por meia hora.  

O Baby Blues me mostrou que não sou a fortaleza que imaginei um dia. Mostrou que meu corpo tem seus limites. Me fez humana e frágil. Mas acima de tudo, esse período trouxe a certeza do quanto eu e Francisco somos amados.


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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Por que não fui mãe aos 19?

12:01 0
Por que não fui mãe aos 19?
Me arrependo de coisas que não fiz na vida, dentre elas de não ter sido mãe aos 19 anos. Não que estivesse com uma vida profissional e financeira estável, até porque eu ainda era uma estudante de jornalismo (primeiro curso que graduei) e tinha um namorado nada interessado ou preparado financeiramente para constituir uma família.

Mas considerando que o momento certo para a maternidade é quando o exame de sangue dá positivo, naquela época eu tinha o mais importante: tempo! O tempo que hoje é tão escasso para aprender com a maior experiência que o ser humano pode ter, que é gerar e formar um filho.

Aos 19 anos, me sentia biológica, espiritual e psicologicamente pronta para a maternidade, e hoje acredito que o tempo seria meu aliado, permitindo que eu aprendesse todo o necessário para criar minha pequena Catarina.

Agora, aos 34 anos e com a agenda lotada de compromissos profissionais, me vejo sem o essencial tempo para conviver com a pessoa que mais quero conhecer. 

Na época da faculdade tive amigas que engravidaram, e nem por isso tiveram um futuro menos brilhante. Claro que enfrentaram dificuldades, mas quem nunca?!

Hoje, o tempo, que não perdoa aqueles que o perdem, me desafia a todo minuto. Por isso, sinto muito por ter perdido a oportunidade de vivenciar a maternidade e descobrir seus encantos e pesares naquela época. Por outro lado, sei que a maturidade é que me permite dar tanto valor à todo tempo que passo ao lado da minha pequena e me sinto mais responsável e preparada. Mas é sabido que não existe cartilha que ensine a ser mãe. Só aprendemos quando exercemos essa função, independente da idade que essa dádiva nos acontece.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Dor e delícia de ser

13:50 5
Dor e delícia de ser
A Aline Amorim contou como é trabalhoso e prazeroso ter uma casa cheia de filhos, do jeito que ela sonhou. Com crianças em idades tão diferentes, nem sempre é fácil organizar tudo. Mas o amor, ah, esse se multiplica. E, um dia, as crianças crescerão. Tudo passa...
Se você também quer compartilhar sua história, contar algum caso ou dar uma dica, envie para eucurtosermae@gmail.com que irei publicar com prazer 


Gravidez da Sofia. Foto de Maísa Coutinho
São 3h28 da madrugada. Levantei para dar mamar para meu caçula e me vieram tantos pensamentos sobre a maternidade que resolvi colocar um pouco disto tudo para fora. Não é a intenção de dar uma fórmula mágica para nenhuma mãe, mas fazê-las sentirem-se acolhidas nos momentos mais pesados.

Eu sempre quis ter filhos. Tive quatro. Uma menina linda de 5 anos, Lívia; uma estrelinha em outro plano que me acompanha, teria 3 anos, Sofia; um menino bochechudo de 2 aninhos, Davi;  e um bebê de 4 meses Thiago. Sim!!! Um bebê. Aí que está a coisa, um bebê (e olha que o meu é calmo), junto com um pequeno desbravador descobrindo as coisas, como meu Davi, que me deixa a ponto de arrancar fio por fio de cabelo!

Não acredito muito naquela história de babás que dizem que as crianças só fazem isso perto dos pais. Meu Davi, aliado a sua irmãzinha que tem que carregar o peso de "você é a  mais velha, deve dar exemplo", aprontam todas dentro de casa. Minha filha está na idade de começar a ler, meu filho no terrible two e o bebê necessita da mamãe. Fases muito diferentes! Podem imaginar a loucura que é? As necessidades da mais velha são muito diferentes do mais novo, bem como as do bebê diferentes das dos outros dois. Digo, não é fácil. Mas aqui vem o ponto crucial:

Algumas de vocês devem pensar "Sua louca, então pra que teve?"

Primeiramente, eu não planejei perder minha segunda filha com 23 dias de nascida. Segundo fato, eu sempre achei que uma casa com movimento, barulho se assemelhava mais ao meu modo de ser e sempre achei que irmãos, quando dão certo, são seu alicerce no futuro. Você pode planejar, trocar ideias, ter um amigo. Pode ser que isso não dependa de serem criados com união, mas é uma grande probabilidade. Claro que baseio tudo isso no que vivi, nas minhas experiências mais sofridas quando eu parava e pensava: "Deus, como eu queria uma irmã agora para me aconselhar".E o principal, gente, infância passa. E olha a velocidade é uma coisa absurda.

Só hoje acordaremos em horários esdrúxulos, tentaremos ter razão com um pitoco de quase 2 anos, perderemos a calma com uma criança que quer decidir a vida dela sozinha aos 5 anos. Só hoje, gente. Cheiro de xampu de bebê passa, palavreado engraçado passa, aquela bagunça no seu armário de roupas, sapatos e o estrago na sua gaveta de maquiagem passa. Os meninos deixam um dia de aninharem-se no nosso colo como se fôssemos heroínas.

Bom, mas agora "vamos falar de coisa boa". Por mais noites mal dormidas, medos de todas as enfermidades do mundo e violência, medo de tudo nesse mundo: desculpem as letras garrafais mas, EU NÃO ME ARREPENDO DE NADA. Olhares, gestos, carinhos, suas linguagens próprias, seu raciocínio ingênuo, sua busca por atenção com um rabisquinho no papel, seus sonhos que envolvem realidade e fantasia. Aquela confusão gostosa pra sair de casa, aquela sensação de liberdade no parque, aquela carinha de sono, maniazinhas antes de dormir. Sorrisinho de madrugada, e, se você já sentiu: aquele olhar pra gente quando estão mamando. 

Isso tudo me faz pensar que o amor é isso aí, não tem mistério. O amor é esse dia a dia delicioso, às vezes desastroso, cansativo. Mas nada se compara a deitar todos juntinhos na cama pra ver filminho. Nada do que experimentei na vida se compara a aquela apresentação na escolinha que dura horas até chegar no seu filho e você enxerga ali a coisa mais linda e talentosa do mundo inteiro.

A Aline tem uma fanpage onde compartilha algumas dicas super legais. Se chama Misturinha de Ideias . Confira!


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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A pior parte de morar fora do Brasil

22:08 0
A pior parte de morar fora do Brasil
Foto: Fernando Adorno
Família reunida num passeio em Houston

Escrevi sobre isso há quase um mês, numa madrugada após um dia de despedidas, mas só agora estou postando. Pensem numa pessoa procrastinadora! Bebê, viagem, casa, trabalho, nada é desculpa pra tanto tempo esperando. Enfim... aí vai.

Mais de 1h da manhã. Ontem foi um dia de despedidas e eu estou aqui pensando no que me parece até agora ser o mais difícil de morar fora do Brasil: a distância da família. Quando estávamos apenas meu marido e eu era difícil, mas agora, com o Francisco, é muito pior.

Passamos dias incríveis com a família do meu marido em Houston, nos Estados Unidos, onde uma das irmãs dele mora com o marido. Quando anunciamos que viríamos, todos se ajeitaram e deram um jeito de vir também. Meus sogros, a avó do Fernando (89 anos e pura disposição) e a irmã dele com os dois filhos vieram de BH. Depois, o primo dele que é americano resolveu iniciar aqui em Houston a viagem de um ano que ele e a esposa estão fazendo pelo país para escolher um novo local para viver (história interessante que você pode acompanhar pelo blog dela, em inglês, clicando aqui). E a mãe desse primo veio da Flórida para passar um fim de semana conosco. E ainda tem a linda família do meu concunhado, peruanos que moram aqui. 

Das dádivas da vida: conviver com a bisavó. Francisco tem três! :)
Sabe corrente de amor? Sabe a bagunça de uma família grande com todo mundo falando ao mesmo tempo (em três línguas) e se entendendo? Sabe quando os assuntos vão começando e sendo interrompidos por outros e assim sucessivamente até que no fim do dia você falou sobre trocentas coisas e não concluiu uma sequer? Sabe acordar de manhã e a casa ir aos poucos se enchendo de vida com as crianças, os cachorros e quatro gerações de amor? Sabe aquelas pequenas discussões, um meio emburrado num canto porque não teve a vontade realizada e depois morrendo de rir no meio dos outros? Sabe não conseguir cumprir UM horário sequer porque 13 pessoas na mesma casa tornam qualquer programação impossível de executar sem falhas? Sabe seu filho pulando de colo em colo, sorrindo e sendo banhado de amor? Sabe família? Então... É disso que eu sinto falta. É o que eu queria que o Francisco tivesse cotidianamente. É provavelmente o maior preço a pagar por viver fora do Brasil. E ontem o pessoal de Belo Horizonte foi embora. :(

Foto: Raíssa Maciel
Rafael (esq.), André e Francisco: foto da despedida dos primos

Ah... Não menospreze a falta que isso pode fazer na sua vida. Não menospreze a dor que você pode sentir vendo seu filho crescer sem a convivência com os avós, principalmente sabendo que isso é parte de uma escolha sua. Meu pai e minha boadrasta ainda não conhecem o Francisco. Tem noção do que é isso pra mim? E pra eles? Minha mãe foi embora de Dublin quando ele estava com 25 dias. Desde então, só fotos, vídeos e Skype. Ele tem quase 8 meses. Minha irmã, meu irmão e minha prima-irmã não conhecem o meu filho. Minha avó nunca tocou o bisneto. Isso dói em mim. E imagino que doa muito neles. 

Foto: Raíssa Maciel
Francisco "conversando" com vovô "virtual" :(
Fico pensando: que homem o Francisco se tornará se não tiver a convivência familiar frequente? Se vovó for uma pessoa "virtual", ali no Skype, e abraço e passeios e chamegos e beijos só no Natal? Que impacto isso pode ter no caráter e no jeito de uma pessoa? Porque uma coisa eu te digo: a pessoa que eu sou e as coisas nas quais acredito têm MUITA influência da minha família. Aí incluídos primos, tios e, claro, mãe, pai, avós... Eu não sei se eu saberia expressar meus sentimentos, se eu gostaria de música e livros, se eu seria solidária ou se eu veria a diversidade com tanta naturalidade quanto vejo caso essas não fossem coisas cotidianas na minha infância. "Ah, mas você e seu marido vão dar todos esses valores e ensinar o que ele precisa aprender". Olha... Eu queria que fosse simples assim. Criar um humano é difícil, gente. Não tem receita. 

Quantos porcento da minha capacidade de sorrir vieram das tardes de domingo na casa da minha avó? E receber as fotos de todo mundo junto enquanto você faz um programa feliz, mas só a três? E dezembro que não chega pra eu morrer de chorar e sorrir com os meus amados e levar orgulhosa meu filho para os braços dos seus? 

Tiago e April, nossos primos americanos

Dica: mantenha os que você ama bem pertinho. Como eu queria ver mais cenas como essas do Francisco brincando com os primos e no colo dos tios, dos avós, das bisas... Está pensando em morar fora? Tem filhos? Ponha na balança o quanto a distância da família será sacrificante. Às vezes você é diferente de mim e não é tão próximo da sua família e acha que isso não fará tanta diferença. Tudo bem. Mas às vezes você é como eu e sentirá muita angústia de ver seu filhote longe dos seus. Se me arrependo da mudança de país? Não. Acho que tomamos a decisão certa para aquele momento, e são inúmeras as vantagens de viver essa experiência. Se voltarei um dia para o Brasil? Não sei. Só sei que a chegada do Francisco me confundiu um pouco. Ao mesmo tempo que acho que a vida na Irlanda será melhor para ele, penso que a distância da família pesa bastante. 

Foto: Raíssa Maciel
Tia Paula e tio Mário, os melhores anfitriões



Licença para um agradecimento: Paula, Mário, é de pessoas como vocês que o mundo precisa. MUITO OBRIGADA!









P.S.: Entendeu pouco dessa coisa de distância da família porque não conhece nossa história? No meu post de apresentação eu expliquei um pouco.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Festejando em casa

08:00 0
Festejando em casa
Pra quem adora festejar os momentos únicos da vida, com certeza se empolga bastante com aniversário dos pequenos. Ano passado a Laura completou 1 ano e resolvemos comemorar em grande estilo, claro que dentro das nossas possibilidades, mas decidimos que faríamos uma festa em um clube infantil e organizamos uma festa pra 150 pessoas. Naquele período eu me sentia extremamente cansada, conciliando a vida acadêmica com a rotina de ser mãe de um bebê, esposa e dona de casa. Mas ainda sim eu sentia muita empolgação com os detalhes da festa, apesar de me faltar tempo para cuidar de tudo como eu gostaria. 

A festa ocorreu como planejado, uma festa linda e inesquecível e ainda durante os preparativos eu dizia que no ano posterior eu só faria o famoso "bolinho". Aham, sei! Qual mãe não se pega fazendo essa bendita promessa? Difícil é cumprir. A verdade é que a festa mal termina e você já tá pensando no próximo tema. E você pode até resistir, mas aí decide fazer o bolinho, resolve colocar uma decoração mais caprichada e quando percebe a coisa foi crescendo e pode acabar ultrapassando o orçamento estipulado, e ultrapassa mesmo.
Hora de soprar a velinha


O legal é que dá pra fazer uma festa linda e que pode até ser mais prazerosa, melhor aproveitada e que caiba no seu bolso. A primeira dica é fazer a festa em casa, um costume que perdeu espaço para os clubes de festas infantis. É claro que optar pelo clube é muito mais prático, com certeza vai lhe poupar muito trabalho, mas festejar em casa pode ser uma ótima opção se você dispõe do espaço físico, além de ser uma bela economia e com toque muito especial, afinal que lugar poderia ser melhor para receber sua família e seus amigos?

A decoração que fizemos para as mesas 
Esse ano comemoramos os 2 anos da Laura e optamos por fazer a festa em casa. Não contratamos fotógrafo, contratamos uma decoração bem mais simples. Montamos os personalizados e lembrancinhas em casa, assim como as decorações das mesas. Mas o saldo da festa foi completamente positivo, nos divertimos muito mais, e Laura estava mais à vontade. Escolhemos o tema da Branca de Neve, ideal para o jardim onde motamos o painel. Distribuímos as mesas por toda área externa. Infelizmente não houve espaço para os brinquedos como pula pula e piscina de bolinhas, mas a criançada se divertiu mesmo assim.  
Branca de neve encantada com seu anões 

Fica a dica pra quem está pensando em fazer festa de criança e quer economizar. Use o espaço que você tem, conte com a ajuda daqueles que oferecerem, tente explorar suas habilidades manuais, pois muitos detalhes são menos difíceis do que parecem e o resultado fica ótimo. Acima de tudo o importante é estar com as pessoas que você ama, comemorando mais um ano de vida do seu bem mais precioso e isso sem dúvidas é a maior beleza da sua festa.


Beijos e até a próxima!!

Micaele Gomes
Instagram: @micaeleacg
Muito amor! 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Partiu, abraçar a mamãe!

22:00 0
Partiu, abraçar a mamãe!
Faltam quatro dias para Francisco completar 1 ano e 3 meses. Um longo período para uma mãe inexperiente que vem aprendendo sozinha a lidar com os desafios da maternidade.

Ser mãe "solo" não é apenas enfrentar os problemas sozinha, mas também comemorar as conquistas. Um momento mágico só pra mim. E eu vivi um desse hoje ao chegar do trabalho. 

Abri a porta de casa e vi Francisco caminhando apoiado no sofá em direção a mim. Parei e comecei a brincar e sorrir, até que ele soltou o sofá e veio, sem titubear, sem estremecer, sem parar ou cair no meio do caminho. 

Francisco andou sem medo, solto, sozinho, pela primeira vez na vida. Francisco andou! No tempo dele, no momento em que se sentiu seguro e preparado. Francisco andou e seu objetivo final era me dar um abraço de boas-vindas! 
Eu agradeci a Deus pelo dia agitado que tive no trabalho, agradeci porque pude finalizar esse dia com um dos momentos mais lindos que a vida materna me proporcionou! 

E por aí, tem bebês dando os primeiros passinhos? 

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Mamãe, como eu entrei na sua barriga?

23:48 0
Mamãe, como eu entrei na sua barriga?



Você, mamãe, já foi surpreendida com pergunta parecida? Pois é. Eu já. Há quem fique constrangido, pois trata-se de um assunto delicado. Na primeira vez que eu ouvi, eu não tive tempo hábil para elaborar uma resposta, muito menos de ficar com vergonha, mantive minha cara normal e logo soltei: “Foi pela união de uma célula da mamãe com uma do papai.” – E para não dar brecha para outras perguntas que eu sei que não vou saber responder, eu sempre conto de um jeito divertido com caras, bocas e gestos malucos. Criança adora isso! “No início você era uma bolinha minúscula que só podia ser visto no microscópio. Depois você foi crescendo e ficou do tamanho de uma semente de feijão.” – Neste momento eles riem muito e fazem comentários engraçados. – “Depois foi formando as perninhas e os bracinhos. O coração já até batia. E ao longo dos meses você foi crescendo e ficando grandão e lindo. Você lá dentro mexendo, me chutando e eu aqui fora te amando cada vez mais e ansiosa pela sua chegada. Eu precisava deixar tudo pronto para te receber. Roupinhas, quarto, banheira, um montão de coisas. Então depois de nove meses você chegou nesse mundão, porque você cresceu tanto que lá dentro ficou apertado para você.” – Como eu já imaginava que a pergunta ‘Como eu saí da sua barriga?’ viria em seguida, eu não fiquei constrangida, pois usei a mesma estratégia, a de contar de maneira divertida com alguns pontos de distração. “Olha, a emoção de te ver foi tanta que eu nem percebi. Eu só sei que você estava chorando e no momento que o médico te colocou no meu colo, você parou de chorar na hora! Foi muito emocionante. Eu percebi que naquele momento você sentiu que eu era aquela pessoa que ficava conversando com você quando estava na minha barriga.” – E emendo com outras perguntas para haver uma interação.


E aí, me conta como era lá dentro? – Era quentinho e escuro.


Ou: Você me ouvia conversar com você? – Eu não me lembro.


Da mesma forma que eu fazia perguntas, eu também ouvia perguntas. ‘Eu nasci de roupa?’ – Claro que não! Quem ia lavar suas roupas? Você? E roupa pra quê? Nem tinha lugar pra guardar lá dentro! E como as roupas chegariam lá? De mini navio? – Nessa hora ouve-se gargalhadas.


Eu sei que a resposta para a segunda pergunta não é muito convincente para nós, adultos, mas dependendo do tom da sua voz que você usa e da forma como você conta para a criança (de forma divertida ou abraçando-a e beijando-a, por exemplo), ela fica satisfeita. Eu, particularmente, prefiro omitir alguns detalhes. 


E desta forma saímos deste assunto sem constrangimento e com mais um tabu quebrado.