Foto: Jamir Alves Caixeta Jr
Realizei uma curta viagem com meus três filhos de Brasília
ao Rio de Janeiro. Digo curta, pois saímos na sexta-feira e retornamos no
domingo. Bom, era aniversário de 80 anos de uma queridíssima tia minha e eu
jamais perderia a oportunidade de abraçá-la, agradecê-la por tantas coisas
maravilhosas que nos proporcionou por todo este tempo e continua a proporcionar.
Por outro lado também jamais perderia a chance de encontrar com meus primos,
que são um amor imenso na minha vida e rever seus filhos, que ou têm idade dos
meus ou estão na fase da adolescência, alguns adultos também que não consigo
acreditar que já peguei no colo.
Maravilha! Que grande oportunidade de abraçar a todos e “exibicionista
como um pavão” mostrar os meus filhotes de
5 a, 2 a, e 4 m e me deleitar com os elogios de todos. Até aí tudo bem.
Pra começar, a viagem de ida foi aquele sufoco: Davi de 2 anos
não se contentava em ficar paradinho dentro de um avião (óbvio que não, passado o deslumbre inicial, não parava quieto). Conversava com todos
ao redor naquela linguagem característica de 2 anos. E berrava querendo sair do
lugar nos momentos mais impróprios (decolagem, cintos afivelados, aterrissagem)
, enquanto isso, minha filha de 5 anos perguntava todas as questões físicas e
metafísicas do mundo. E o bebê, ah o bebê, este dormia como um anjo no colo da
minha mãe, até surgir a fominha. Não se importava bulhufas com o que ocorria por perto (viva!)
Bom, a chegada foi tumultuada, pois eu que tinha que descer
no aeroporto SDU, fui parar no GIG por causa do mau tempo, a companhia aérea nos levou
até à porta do aeroporto (éramos nós – a criançada- a malona, minha mãe idosa e
meu irmão com deficiência visual) com um voucher na mão. Voucher este que foi
recusado pelos taxistas, de primeira, pois éramos 7, precisavam ser 2 vouchers.
Até aí, não comentei o que eu mais queria comentar. Esses momentos de aperto
acontecem com todos: não-mães, mães, pais, passageiros em geral.
O que quero contar é que, ser mãe de 3 crianças e optar por não ficar trancada em casa
é algo que considero quase impossível. Seria impossível se não houvesse a
parceria nestes momentos de sair. E quando digo parceria, não me refiro
necessariamente a marido, ex-marido, mãe, pai, babá, cunhados, sogros. Eu me
refiro a todos aqueles que têm oportunidade de ter junto a si pessoas que fazem
acontecer. No meu caso, especificamente, tenho um grande parceiro, meu marido.
Que topa tudo mesmo. E a minha amada mãe de 78 anos que tem mais energia que eu
mesma. Mas poderiam ser grandes amigos, uma vizinha zelosa, ou até mesmo um
irmão, um sobrinho. Não importa. A parceria para quem decide ter um filho,
dois, três, quatro (como eu), até cinco ou mais (cada um sabe de si!) é fundamental. Posso contar
também muito com minha sogra e minhas cunhadas, mas infelizmente moram
muito longe, mas sempre que vêm me ajudam para valer!
Foto: Jamir Alves Caixeta Jr
Quando é possível a parceria vir do nosso companheiro, ela é
especial pois afinal ele aceitou a jornada incrível que é ser pai. E ser pai,
entre outras coisas muito legais ou muito responsáveis, é também correr atrás
do molequinho que está perto da piscina, é conversar com os parentes com
orgulho de tê-lo no colo, é pentear o cabelo de sua princesa, é arrumar mochila
de escola e trocar muita fralda. É ir ao supermercado com o filho agarrado na
perna, enfim. É dividir o que é para ser dividido. Não é ajudar, é ser pai.
Afinal, a paternidade é um nome relativo ao masculino mas tem muito de “ser mãe” também.
Ou talvez eu dissesse que é o complemento da
beleza e o sufoco de ser mãe.
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Twitter: @alineamorimrcm
Adorei! É bem isso mesmo: SER pai, e não um ajudante.
ResponderExcluirParabéns pelo texto amiga!
Muito legal... :)
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