A relação que você tem com sua criança permite que ela erre e te procure? E como você era com seus pais ?

Estabelecer confiança com nossos filhos é criar um ambiente onde eles se sintam à vontade para compartilhar seus erros e preocupações. 

Ao construir essa base de confiança, estamos fortalecendo os laços e proporcionando um espaço seguro para que aprendam com suas experiências. 

Isso não apenas promove uma comunicação aberta, mas também contribui para o desenvolvimento emocional e moral, permitindo que enfrentem os desafios com resiliência e saibam que sempre terão apoio ao seu lado.

Acordar, tomar café da manhã com nossos filhos, seguir o dia repetindo os mesmos ensinamentos por várias vezes, dormir depois de dar um beijo neles e continuar novamente no dia seguinte.

Educar é trabalhoso, mas, se for feito com amor, há chances de dar certo.

Só que vem também a aceitação: eu estou exausta! Já ouviu falar em burnout materno? É o termo que define o cansaço e o estresse crônico de mães sobrecarregadas com as funções maternas, tarefas do dia a dia, vida social, profissional entre outras coisas.

É que a gente não dá conta de tudo mesmo, não. E tem hora que isso fica claro! Não é falta de amor, é excesso de obrigações. 

Já aconteceu com você?

A gente tem a tendência de achar que proporcionar o melhor para nossos filhos envolve brinquedos caros, tecnologia e atividades extracurriculares. 

Que nada! O melhor de ser criança é a brincadeira livre, correr de pés descalços, estar com outros pequenos e explorar as possibilidades da imaginação. 

A infância é a base para as fases posteriores da vida, por isso, deve ser vivida da melhor forma possível, em sua plenitude, sem pular etapas. 

Por uma infância com menos consumismo, menos telas e menos atividades direcionadas. Viva a infância livre 🥰

Tem coisa mais importante do que os filhos ? Tem,sim! Estarmos bem!!! Só quando estamos bem, podemos cuidar, amar e educar de maneira assertiva. É muito difícil não estar bem e ainda criar um ser humano evitando traumas, conduzindo pela vida, alimentando corpo e alma da cria. 

Mas as mães nem sempre estão bem, e a gente vai mandando pra debaixo do tapete para dar conta do tranco. A gente não tem a opção de parar. Mas a que preço? Nosso corpo grita, nossa mente entra em atrito, nossa vida fica de pernas para o ar. 

As mães cuidam dos filhos, e quem cuida das mães ? Somos invisíveis, mesmo desempenhando o papel mais importante de todos. As novas gerações dependem da gente, depende de estarmos bem. 

Eu não sei a resposta, não sei o segredo. Eu sei que aí do outro lado tem agora uma mãe também sobrecarregada, cheia de medos e dúvidas, querendo chorar porque sabe o tamanho da responsabilidade que carrega. Acertei ? 

Força pra nós🙏

Vai passar. E quando passar, a gente vai ficar com saudade desse grude todo. No momentos, estamos ambas enjoadas uma da cara da outra, porque haja amor pra tanta convivência. 

Mas quando a gente puder ir lá fora andar por nossos caminhos separados, quando o tempo for passando e a Pandemia for virando passado, vamos sentir saudades da pipoca no meio da tarde, do domingo em plena terça-feira, de você embolando na minha perna e eu tentando andar e xingando que "não tenho rabo". 

Na hora que for seguro você ir para a escola, vou te deixar lá e sair buzinando de alegria. Capaz de marcar um café com as amigas e falar aliviada: ufaaaaaa! 

Só que quando isso passar bem passado, eu vou sentir falta da tagarelice o dia todo, de pisar em brinquedo, roupa lápis, papéis. De pedir "vem cá", "vai lá", "desce daí", " tira a mão", "guarda isso", "pega aquilo". 

As nossas vidas viraram de cabeça para baixo, mas quando isso passar, porque vai passar, vamos achar bem estranho voltar à vida como a gente vivia antes. Mas vamos acostumar de novo. Porque tudo passa.

E quando eu for velhinha e você for uma jovem senhora, no meio de uma tarde qualquer virá em nossas lembranças o ano atípico que nos obrigou a sermos uma só, tal qual gestante e feto, puérpera e recém nascido. E a gente vai saber que passou, e vai desejar uma nova Pandemia, nem que seja pequenininha, para termos novamente o privilégio de convivermos intensamente outra vez.

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Ponderações