Vai passar. E quando passar, a gente vai ficar com saudade desse grude todo. No momentos, estamos ambas enjoadas uma da cara da outra, porque haja amor pra tanta convivência.
Mas quando a gente puder ir lá fora andar por nossos caminhos separados, quando o tempo for passando e a Pandemia for virando passado, vamos sentir saudades da pipoca no meio da tarde, do domingo em plena terça-feira, de você embolando na minha perna e eu tentando andar e xingando que "não tenho rabo".
Na hora que for seguro você ir para a escola, vou te deixar lá e sair buzinando de alegria. Capaz de marcar um café com as amigas e falar aliviada: ufaaaaaa!
Só que quando isso passar bem passado, eu vou sentir falta da tagarelice o dia todo, de pisar em brinquedo, roupa lápis, papéis. De pedir "vem cá", "vai lá", "desce daí", " tira a mão", "guarda isso", "pega aquilo".
As nossas vidas viraram de cabeça para baixo, mas quando isso passar, porque vai passar, vamos achar bem estranho voltar à vida como a gente vivia antes. Mas vamos acostumar de novo. Porque tudo passa.
E quando eu for velhinha e você for uma jovem senhora, no meio de uma tarde qualquer virá em nossas lembranças o ano atípico que nos obrigou a sermos uma só, tal qual gestante e feto, puérpera e recém nascido. E a gente vai saber que passou, e vai desejar uma nova Pandemia, nem que seja pequenininha, para termos novamente o privilégio de convivermos intensamente outra vez.
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