EU CURTO SER MÃE: Amamentação
Mostrando postagens com marcador Amamentação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Amamentação. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Aleitamento Natural

16:45 0
Aleitamento Natural
 O leite materno é único e o mais rico alimento nos primeiros 6 meses de vida do bebê e consumido de forma inadequada pode provocar também a doença cárie,por causa do açúcar do leite,a lactose. Toda mulher tem leite porque após o nascimento, as glândulas mamárias se preparam para entrar em ação na tarefa de alimentar o bebê.

Bebês prematuros ou de baixo peso podem não estar prontos para a sucção,ao nascerem.
Podem perder peso,por não terem força suficiente ou mamar muito lentamente.É preciso uma orientação especial,para que a alimentação seja feita com o leite materno.Existem exercícios que estimulam e fortificam a sucção e o profissional da fonoaudiologia que deverá ser consultado neste caso.

Mamar no seio não é fácil,Esse exercício é o responsável inicial pelo crescimento harmonioso da face e da dentição. A sucção no peito materno, ou seja, os movimentos naturais de sucção do bebê  enquanto está se alimentando, são bons exercícios musculares e respiratórios,com reflexos na fala,língua,,boca,,na respiração (evita amigdalite,pneumonia e otite),nos dentes(melhor alinhamento)e na mastigação(exercita ossos e músculos): Além disso, a importante criação do vínculo entre a mãe e o filho, que estabelece o afeto e todo o desenvolvimento psicológico do bebê

Usando a mamadeira,o esforço é quase inexistente.É muito mais fácil mamar na mamadeira do que no seio não é mesmo?

Para uma mãe amamentar bem, ela precisa se preocupar com a própria hidratação, ou seja, ingerir muito líquido. A alimentação, tranqüilidade e paciência são fatores fundamentais para que a mãe curta esses momentos de grande prazer.

Você sabia que:

  • não há leite fraco.A natureza é sábia e faz com que cada espécie produza o alimento adequado para a sua cria
  • Bem mantida e saudável a mãe terá todas as condições para passar preciosos anticorpos para o bebê através do seu leite
  • Choques emocionais, cansaço excessivos ou alimentação inadequada podem estancar a produção de leite
  • Evite a automedicação 
  • Procure sempre a orientação médica

Kenia Monteiro

CROMG 18498
Gestora e responsável técnica 


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Amamentação florescendo

19:15 0
Amamentação florescendo

Está uma febre nas redes sociais de fotos de mães amamentando, as “brelfie”, com efeito artístico e uma árvore que liga bebê ao seio. Aposto que você já viu e ficou curiosa para saber como fazer. Vou te ensinar. 

Brelfie é uma brincadeira que foi feita com as palavas, “breastfeeding”, que significa amamentação, e “selfie”, foto tirada pela própria pessoa. Ainda muito estigmatizada, as imagens de mães amamentando suas crias estão ganhando força nas redes sociais, em especial no Instagram (siga a gente lá também clicando aqui ). 


As imagens estão sendo compartilhadas nas redes sociais com as hashtags #TreeOfLife e #brelfie para incentivar a amamentação e ajudar a derrubar o preconceito de que há algo errado em amamentar em público. 

As imagens são feitas no APP PicsArt , que pode ser baixado gratuitamente no Apple Store ou Play Store. Dentro do aplicativo, vá em loja e baixe, também sem ônus, o pacote “Tree of Life”.  O efeito fica dentro de 'adesivos'. Aplique no rosto do bebê e no seio e dimensione como ficara melhor. Depois é só usar o recurso "mágica" para dar às imagens um tom poético, psicodélico ou surreal. 

Quer uma ajudinha pra entender como fazer? Clica no vídeo para ver o tutorial



Gostou?  Compartilhe comigo as imagens que criar. Me marque lá no Instagram e uso a hashtag #eucurtosermaeblog 







Booking.com

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Eu, o Baby Blues e a força do amor

17:53 0
Eu, o Baby Blues e a força do amor
Francisco, 4 dias de nascido, no colinho da Titia Nane
Conheço poucas mulheres que não sonham com a maternidade. A maior parte, que convive comigo, sonha, idealiza, planeja e romantiza a situação. Eu me enquadro no tipo que romantizou muito esse tão sonhado momento e, logo no início do pós-parto, fiz questionamentos da falta de preparação para me tornar mãe. Isso mesmo. A gente nunca está preparada e as pessoas evitam nos contar a realidade.
Hoje, quando posso e sinto abertura de falar com uma nova mamãe, tento ao máximo explicar o quanto ela vai precisar ser forte. Não tive depressão, mas vivi um momento de muita melancolia após o parto. Eu não aceitava viver aquilo, pois sonhei e lutei muito pela vida de Francisco, entretanto, a queda hormonal, o cansaço, o medo... Tudo colaborou para os 10 dias de choro intenso, escondido, envergonhado. Assim como a maioria das novas mães, me senti confusa. Como poderia sentir tristeza após um acontecimento tão lindo e feliz na minha vida? Tudo era muito confuso, eu sabia que não era tristeza, sabia que não era rejeição. O amor por Francisco só crescia em meio aquele turbilhão de pensamentos loucos. Foi aí que descobri o famoso Baby Blues.
Mas o que causa esse bicho tão assustador? De acordo com um site “queridinho” das mães – o Baby Center – o Baby Blues ou Blues Puerperal pode estar ligado às mudanças hormonais que acontecem na primeira semana depois do parto e, à medida que seu organismo começa a produzir o leite materno, os hormônios vão se estabilizando.
O Baby Blues faz a gente se sentir triste, incapaz. Faz a gente temer e pensar que a angústia nunca vai passar. Eu olhava para o meu filho e sentia amor, paixão por cada lindo traço daquele pequeno rostinho, mas ao mesmo tempo acreditava que jamais seria feliz novamente. Então me culpava e pedia perdão aos céus por ser “uma mãe tão fraca”.
Com o passar dos dias, percebi que as coisas começaram a entrar em ordem. Recebemos tanto amor da minha família que a tristeza deu vez à tranquilidade de saber que tudo aquilo era apenas um período de adaptação do corpo, da mente e da rotina. Eu, que muitas vezes, apontei o dedo para mães que relatavam essa “depressão”, pude enfim entender que não é uma escolha e me perdoei.
Durante esse início na vida materna, também compreendi o poder de um abraço, de um olhar. Entendi a grandiosidade de um colo para o bebê. Percebi quão gigante é o amor de uma tia que socorre o sobrinho na madrugada. Que senta numa poltrona e segura aquele serzinho indefeso enquanto a irmã descansa por meia hora.  

O Baby Blues me mostrou que não sou a fortaleza que imaginei um dia. Mostrou que meu corpo tem seus limites. Me fez humana e frágil. Mas acima de tudo, esse período trouxe a certeza do quanto eu e Francisco somos amados.


Booking.com

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Amamentação: desconstruindo mitos

23:35 0
Amamentação: desconstruindo mitos
Você mãe que não conseguiu amamentar, sinta-se abraçada. Amamentar é uma tarefa árdua, nada fácil, que necessita continuamente de esforços diários, muito apoio e persistência. Um dos maiores receios durante a gravidez, para quem deseja amamentar, é saber se conseguirá realizar este desejo. Muitas dúvidas permeiam esse processo, e a insegurança aumentar se não houver informação suficiente ou ainda quando ela ocorre de forma equivocada. É comum que as recém mães, particularmente as de primeira viagem, ouçam afirmações como: "você não vai ter leite", "seu leite é fraco", "o leite ainda não desceu, apenas o colostro" entre outros dizeres bem comuns nessa fase. Mas será que essas informações estão sempre certas?  

Para esclarecer dúvidas muito frequentes sobre aleitamento materno, escolhi explicar alguns mitos comumente disseminados. 

1. O leite materno não mata a sede no bebê

MITO! O leite materno dispõem de toda a água que o bebê necessita, mesmo se este reside em cidade de clima muito quente. Por este motivo, não é necessária a introdução de água/chás/sucos antes dos seis meses. 

2. A crença do leite fraco 

MITO! Não existe leite fraco! O leite materno possui TODOS os nutrientes que o bebê necessita até os seis meses de vida. O leite é de rápida  e fácil absorção, o aspecto aguado que leite apresenta é uma característica normal. 

3. Seios pequenos produzem menos leite

MITO! A capacidade em produzir leite não está relacionada ao tamanho da mama. A variação de tamanho é devido à quantidade de gordura no local. O leite é produzido nas glândulas mamárias, através da ação de hormônios específicos e em geral as mulheres possuem a quantidade necessária para a sua produção. 

4. Grávida não pode continuar amamentando

MITO! Estudos científicos comprovaram que a  quantidade de ocitocina (hormônio que causa contração) liberada, não é suficiente para causar aborto. Não existem evidências que amamentação possa prejudicar o desenvolvimento fetal assim como a nutrição do lactente. Durante a gravidez podem ocorrer alterações no sabor do leite, e até mesmo a sua diminuição, isso pode fazer com que haja a rejeição por parte do lactente e até mesmo o desmame. O colostro será produzido no momento certo e sua oferta ao recém-nascido não será prejudicada. O filho mais revelho receberá uma dose dupla de colostro e poderá ser realizada a amamentação em tandem. Falaremos sobre esse tipo de amamentação posteriormente, aqui no blog.

5. Colostro não é leite

MITO! O colostro é o primeiro leite que o bebê mama. Ele é rico em anticorpos, possui agentes imunoprotetores e funciona como uma verdadeira vacina, a melhor delas, protegendo o bebê contra infecções. Em média o colostro é produzido até o terceiro dia, podendo se estender até o sétimo dia após o parto. É produzido numa pequena quantidade, porém extremamente eficaz e suficiente para a capacidade do estômago do bebê. O colostro produzido é exatamente o que o recém necessita nessa fase.

6. O bebê deve mamar a cada 2 ou 3 horas 


MITO! O intervalo entre as mamadas pode variar para cada bebê. O ideal é que a amentação ocorra em livre demanda, ou seja, quando o bebê sentir fome. Com o passar do tempo ele vão adquirindo seus próprios horários, podendo ser comum as mamadas entre duas ou três horas, porém isso não é regra. Entretanto, bebês que dormem demais podem ser acordados após quatro horas para evitar hipoglicemia, desidratação ou até mesmo icterícia.


7. A doação de leite pode interferir na amamentação do filho


MITO! A produção de leite é estimulada pela retirada ou saída do mesmo. Quando mais leite sai, mais é produzido.O leite é produzido quando o bebê está mamando. Retirar o leite que sobra diminui o desconforto das mamas ingurgitadas. Doar leite materno é um gesto de amor.

8. Se não conseguiu amamentar o primeiro filho, não conseguirá amamentar o segundo 

MITO! Se você tentou amamentar o primeiro filho e não teve sucesso, não significa que não conseguirá superar as dificuldades com o segundo filho. Isso não é uma regra, pois cada experiência é única. É possível buscar orientação profissional, testar novos métodos. As dificuldades encontradas anteriormente não são uma sentença de insucesso nesta nova oportunidade. Busque o apoio que precisar.


9. Amamentar é fácil 

MITO! Como já foi dito anteriormente, amamentar não é uma tarefa fácil! Amamentar requer muita dedicação, muita paciência, é cansativo e muitas vezes frustrante. Em muitos casos é um processo doloroso em que mãe e bebê precisam se adaptar. Mas amamentar também é muito prazeroso, um momento especial em que a relação entre mãe filho se desenvolve com muita ternura, cumplicidade e muito amor.

Estes são apenas alguns dos muitos mitos que cercam a amamentação. Todas as informações são pautadas em bases científicas.


Micaele Gomes
< Instagram: @micaeleacg
<snapchat:@micaeleacg

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Amamentar é um desafio nem sempre possível

00:47 0
Amamentar é um desafio nem sempre possível
Na semana da amamentação, eu quero falar com a mãe  que não  amamentou. Quero  te dizer,  querida, que não  foi sua culpa.  Não  interessa  se  você  não  conseguiu  ou não  quis amamentar.  Não  foi sua culpa. Nosso corpo se prepara para a amamentação.  Mas nossa mente, não.  Crescemos cercadas por  bonecas com mamadeiras e esse é  um dos maiores, senão  o maior, símbolo atribuído  aos bebês.  É  mais "natural" ver um bebê  na mamadeira do que no seio materno,  não  é  mesmo?

Isso fica no nosso inconsciente.  Depois que o bebê  nasce, estamos tão  frágeis,  inseguras,  debilitadas e no meio das dores  iniciais da amamentação  (o bico do peito rachado, o leite empedrado...) e do cansaço que amamentar um bebê  pequeno causa ( dormir? Nem pensar...), aparece sempre alguém  para dizer que seu leite é  fraco. Não  é  mesmo? "E se for verdade? E se meu bebê  chora tanto por fome?", você se pergunta. As dúvidas  te corroem. Até que, então, neste turbilhão  de insegurança, dor, desgaste físico e emocional, privação  de todas as suas necessidades  fisiológicas  e sociais, o médico  que você  escolheu para confiar a saúde  do seu filho  te fala: seu leite não  serve! Como ir contra? Faltam  forças, falta informação, falta apoio. Você  desiste. Você  sofre por isso, mas já  não é possível  amamentar. É o que você tem certeza. 

Você  abandona a amamentação e luta contra a culpa, mas começa  a encontrar julgamentos. Vê sites, blogs, outras mães apontando o dedo para os seus argumentos pelo insucesso na amamentação. A culpa aumenta, a mágoa, a defesa crescem. Não é isso que quero que sinta aqui neste espaço. Quero te abraçar forte e dizer que está tudo bem. Não deu certo e isso não te diminui como mãe. Não foi culpa sua e, embora os benefícios da amamentação sejam de fato inúmeros e comprovados, seu bebê não corre risco de vida, não vai adoecer no primeiro vento, não vai se sentir menos amado. 

Eu enfrentei tudo isso, sei bem como nos sentimos com tantos desafios para conseguir amamentar Já contei aqui a nossa história de amamentação. Eu tive sucesso e consegui amamentar por 1 ano e 8 meses. Mas nem por isso me sinto no direito de te julgar por não ter conseguido. Não me coloco superior a você. De forma alguma! E este post é apenas para te dizer que eu sei que você queria e que não deu conseguiu. 

Não ter conseguido amamentar tem inúmeras causas. Você sabe a sua razão. O que não impede que você tenha outros filhos e tenha sucesso em uma nova caminhada. Amamentar requer vontade da mãe. Vontade de brigar contra o sistema, de ignorar palpites, de buscar informações e garimpar pediatras que apoiem essa jornada. Se você está lendo este texto e sente dificuldades, mas quer amamentar, procure ajuda. Busque um profissional capacitado para te acolher e orientar. Leia muito, se empodere de informação. 

Descubra que amamentar não dói. Se tem dor, a pegada do bebê está errada. Saiba que não tem que marcar hora para amamentar. Livre demanda é a chave da amamentação. Entenda que o estômago do bebê é pequeno e ele vai precisar mamar muitas vezes e em outras ele vai mamar apenas sentir o aconchego do seu colo ou para suprir sua necessidade de sucção. É assim mesmo. Mantenha a calma! Seu leite não está fraco e ele não precisa de mais nada além da sua paciência e seu amor. Compreenda que os bebês vão acordar durante a noite e isso não tem relação com o leite que tomam. É uma fase e vai passar.

Nesta semana da amamentação venho aqui apenas para te oferecer o meu  abraço. Não leve para o lado pessoal toda a informação que incentive a amamentação. Você é uma mãe maravilhosa e fez o que foi possível fazer com as informações que tinha, no contexto que estava inserida. 

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

A dor e a delícia de AMA(R)mentar

17:39 0
A dor e a delícia de AMA(R)mentar
No mês em que comemoramos a Semana Mundial do Aleitamento Materno, quero relembrar o momento em que agradeci a Deus pela minha determinação em amamentar Francisco. Fizemos isso por 6 meses exclusivos, mas até agora (com 1 ano de 1 mês de vida), meu bebê continua sendo nutrido pelo amor mais puro que posso oferecê-lo.
Francisco tem alergia a proteína do leite e, por esse motivo, continuo 9 kg abaixo do meu peso normal. Embora seja uma doação completa e difícil, eu sempre serei uma ativista da amamentação exclusiva.  
"Hoje é o último dia da amamentação exclusiva. Chegamos ao final de mais uma etapa. Foi um exercício diário de paciência e não foi fácil! Eu diria que amamentar exclusivamente é, acima de tudo, lutar contra todas as possibilidades de praticidade que o mundo atual e seus leites artificiais impõem. É escolher a opção mais complexa. Amamentar é abrir mão do sono, da vida social, do alimento sem restrições, abrir mão da liberdade. Sim, da liberdade. 
Após o nascimento de Francisco, podia ter feito um estoque de leite materno para “curtir” finais de semana sem hora para voltar pra casa. Mas quem disse que eu senti vontade? Tenho uma vida inteira pela frente e não precisava abrir mão das noites com meu filho. 
Já a alimentação… Bem, ganhei apenas 9 kg durante a gestação e já emagreci 17 kg. Levando em consideração que eu já era magra, estou só “o couro e o osso”, como diria minha avó. Tudo isso devido às restrições alimentares que precisei aderir para não prejudicar o meu filho. 
Dormir? Não sei o que é isso desde a gestação complicada e cheia de dores. Dormir é para os fracos e confesso que muitas vezes meu corpo grita me dizendo que sou fraca, que preciso de ao menos 4 horas seguidas de sono. 
Para completar a dificuldade, estresses quase levaram o meu leite embora por três vezes. Precisei recorrer ao remédio natural, ao remédio industrializado e as orações. Foi por um fio. Graças a Deus, a produção voltou. Pouca, mas suficiente para alimentar o meu filho.
Pois é, a missão de amamentar não é aquela coisa fácil que pensei tantas vezes. Mas como tudo o que faço na vida, procurei ser persistente e obstinada. Fiz de tudo para chegar hoje e ter a certeza que cumpri minha missão. 
Amamentar dói, machuca, sangra, vaza, dói de novo. Mas apesar de tudo isso, ela consegue ter sua beleza singular. Nenhuma dor é maior que a emoção da troca de olhares entre a mãe e o filho amamentado. Nada vale mais do que saber que pude escolher o melhor para sua saúde e seu futuro. 
E mais uma vez, agradeço a Deus. Agradeço por não me deixar desistir. Agradeço por acalentar minha alma quando meu leite quase secou, agradeço pela saúde e paciência de Francisco, que desde cedo demonstra o quanto sou abençoada por ter um filho tranquilo".

Recife, 17 de dezembro de 2015  

Sesc de Barreiras-Bahia realizará evento em comemoração ao agosto dourado.

12:48 1
Sesc de Barreiras-Bahia realizará evento em comemoração ao agosto dourado.
Olá pessoal, tudo bem?

O leite materno é sem dúvidas o melhor alimento que o bebê pode e deve receber, não apenas em seus primeiros meses de vida, mas o Ministério da Saúde recomenda a amamentação por até dois anos ou mais, uma vez que são comprovados os benefícios da amamentação à longo prazo. Além ser a mais rica fonte de alimentação, amamentar também reflete significantemente no desenvolvimento psicomotor, afetivo, cognitivo, entre outros estímulos, além de ser um verdadeiro ato de amor. 

De 01 a 07 de agosto celebra-se a Semana Mundial de Aleitamento Materno. Este mês é conhecido como agosto dourado e simboliza a luta pelo incentivo à amamentação. Eu fui convidada à participar da comemoração do agosto dourado, que será realizada aqui no SESC da cidade em que eu resido. Estarei lá fazendo o que adoro: educação em saúde e claro, irei representar o blog e compartilhar um pouco da minha vivência como mãe, participando de um bate-papo onde falaremos sobre aleitamento materno, entre outras dúvidas a cerca do tema.  

O evento será realizado na Unidade do Sesc em Barreiras -Bahia, com a seguinte programação:
  • Abertura;
  • Bate papo sobre a importância do aleitamento materno;
  • Natação Baby;
  • Shantalla (massagem para bebês);
  • Bate papo sobre nutrição e aleitamento materno;
  • Bate papo sobre exercícios na gestação;
  • Quiz com perguntas e respostas sobre o aleitamento materno;
  • Espaço aberto para agradecimentos, relato de experiencias sobre a aleitamento e questões relacionadas.
Data: 07/08
Horário: 09:00 às 12:00
Local: Sesc Barreiras- Rua Porto Velho, 137, Santo Antônio, Barreiras/ BA
Informações: (77) 3611-6610(77) 3611-6610 - 3613-4409
Público alvo: mães, bebês, gestantes e comunidade.
Entrada Franca 

Obs.:As mães e os bebês devem ir com roupa de banho, levar óleo para massagem e protetor solar. Não é necessário realizar inscrição, basta comparecer. 

O Eu Curto Ser Mãe abraça esta causa e convida o público local para prestigiar esse evento. O pessoal de outras cidades poderá acompanhar pelo snapchat e instagram.

Em breve abordaremos também aqui algumas questões sobre essa temática. 

Beijos e até a próxima! Conto com a presença de vocês. 

Micaele Gomes 
Instagram @micaeleacg  
Snapchat @micaeleacg





terça-feira, 5 de julho de 2016

Hora de desmamar

21:08 0
Hora de desmamar
Muita gente me pede dicas para desmamar o bebê. Acho isso tão delicado e pessoal, mas resolvi fazer um post com minhas considerações.
- Lola mamou leite materno até 1 ano e 8 meses e foi um processo longo.  Eu decidi parar porque eu já não queria mais. Por ela, teríamos continuado. Mas acredito que tem que ser bom para mãe e bebê e se uma das partes não quer mais, tem que acabar.
- Não cortei bruscamente.  Fui aos poucos,  bem lentamente.  Comecei a ensaiar esse desmame quando ela fez 1 ano. Comprei então sua primeira mamadeira. Ela odiou todas as fórmulas e jogava a mamadeira longe. Não aceitava mesmo. Coloquei alfarroba, baunilha e bati com fruta. Não adiantou.  Tentei dar na colher e igualmente foi recusado. O pai tentou, a avó tentou e tudo sem sucesso. 
- Diante disso, comecei apenas a espaçar mais as mamadas. O que era em livre demanda começou a ter hora. Não deixei mais que ela mamasse quando quisesse (e isso era um dos pontos que estava me incomodando).
- Passado uns quatro meses desse processo de limite, retirei a mamada das madrugadas. Eu estava completamente esgotada. Lola mamava a madrugada inteira e eu passei a sentir fraqueza.  Foi difícil demais e fiz um post contando os detalhes.
- Mais uns três meses e eu me senti totalmente pronta para retirar as duas últimas mamadas: após o almoço e às 6h da manhã.  Como ela já estava na escola, tirei a mamada após o almoço e foi fácil.  Apenas passei a dar o almoço mais tarde um pouco e em seguida já levava pra escola.  Ela almoçava 11h e tirava um cochilo pra ir à escolinha. Passei o almoço para 12h.
- Faltava uma única mamada e essa foi difícil.  Lola sentiu que chegava ao fim o seu mamá e deu uma regredida. Passou a me pedir durante o dia de uma forma meio dramática.  Eu então mudava a atividade,  tirava o foco e mantive a decisão.  Algumas vezes acabei deixando mamar de manhã porque eu tinha muito sono e isso significativa mais um tempo de cama. O processo durou  umas semanas.
- Não existe hora certa pra desmamar. Só você e seu bebê sabem. Nem mesmo o pediatra tem direito de opinar sobre isso.  A menos que seu pequeno apresente problemas reais de crescimento e peso e seja comprovadamente culpa do leite (o que é bem improvável), não aceite esse tipo de intromissão.  Muitos estudos comprovam os benefícios da amamentação.  A OMS recomenda que se amamente pelo menos até dois anos. Pelo menos!!! Pode amamentar quanto tempo quiser. O leite não vira água.  Não é mais a base da alimentação,  mas ainda assim fornece importantes nutrientes para a criança.
- A maioria dos bebês rejeita outros leites até desmamar. Fique tranquila que ele não vai passar fome. Na hora que notar que acabou o peito mesmo,  ele pega a mamadeira.
- Pelamor! Não coloca açúcar,  achocolatado e porcariada no leite para fazer o bebê aceitar a mamadeira.  Socorro!  Açúcar antes de dois anos é desaconselhável e depois disso deve ser bem regrado. Juízo!
- Evite perguntar o que as pessoas acham da amamentação.  Preguiça de palpite de sogra, cunhada,  vizinha e amiga que em nada ajudam e metem o bedelho nas tetas alheias. Se falarem que tá na hora de desmamar,  faz cara de alface e segue o barco.
- Pedagogicamente falando, não é legal passar coisas no seio para o bebê desmamar. Borra de café,  batom, própolis, babosa, pimenta (pasmem!)... coisas que deixam o seio com aparência feia ou gosto ruim. Todo esse tempo de amamentação deixará marcas positivas em seu filho e o fortalecerá afetivamente.  Finalizar a experiência de uma forma tão negativa não é uma boa ideia.  Mas eu entendo o desespero que bate. Eu caí nessa besteira e passei batom vermelho e falei que tava dodói. Ela ficou tão comovida.  Deu beijo, assoprou e fez carinho.  Meu coração cortou. Limpei, falei que sarou e deixei mamar. Repensei e não utilizei essa tática mais.
- Períodos de mudança não são os mais indicados para o desmame. Eu esperei Lola adaptar bem na escola antes de desmamar,  porque seria demais pra ela tanta coisa diferente.  Muita separação.  Dei um tempo mesmo...
- Uma vez que resolveu tirar o seio (seja radical ou aos poucos), não volte atrás.  Eles são espertos e se notarem que tem brecha, vão conseguir romper.
- O amor é a grande chave da jogada. Sempre!

Veja o vídeo


quarta-feira, 15 de junho de 2016

Amor em gotas

15:01 1
Amor em gotas
Amamentar sempre foi, para mim, a mais perfeita tradução do amor. Uma mãe fornecendo o alimento ao seu filho é de uma grandeza de sentimentos que nem sei definir. Nas minhas duas gravidezes, me preparei para isso. Tanto na parte física quanto na psicológica. Pouco tempo após o parto do Francisco, meus seios explodiram de leite. Minha mãe conta que essa imagem a marcou muito. Eu ali, com os seios vazando sem meu filho para mamar. Foi muito sofrido. O leite escorria na mesma proporção das lágrimas. Antes de secar, ele empedrou no meu seio trazendo ainda mais dor para o pior momento de minha vida.

Quando Iolanda nasceu, era uma questão de horna amamentá-la. Mas ela pouco ficou comigo após nascer, indo direto à UTI e, desta vez, meu corpo não respondeu imediatamente à produção de leite. Mas eu precisava fornecer isso a ela. Pequena e frágil numa incubadora, meu leite ajudaria para que saísse de lá rápido. Eu espremia gota por gota, com muita dor, até completar os 5 ml que eram necessários. A cada 3 horas eu me debruçava diante dela com o seio em uma mão e o potinho na outra e a cada gota eu depositava ali meus nutrientes, anticorpos e amor.

Somente no seu terceiro dia de vida ela pode vir ao seio e sugou um pouco, logo cansando. Ficamos durante dez dias nesta rotina de ordenha e mamadas breves. Quando ela finalmente foi para casa, pudemos vivenciar de fato o que é a amamentação e não demorou para meu seio rachar. Mesmo com toda a preparação que fiz e estudos sobre a pegada correta, o seio ficou machucado com o atrito da mamada em livre demanda. É aquele momento que você questiona tudo, junta com o seu cansaço e você fica ao ponto de dar uma mamadeira. A pediatra da minha filha foi o ponto exato de apoio que eu precisava e com a ajuda dela, seguimos amamentando, felizmente.

Iolanda começou a ter refluxo e novamente a amamentação foi colocada à prova. O leite materno é mais leve que as fórmulas e, portanto, volta mais fácil. Novamente a pediatra me socorreu e passei a ficar com Lola por uma hora e meia na vertical após cada mamada. Aos poucos, as dificuldades foram dando espaço à minha confiança e eu já amamentava feliz, sem dor, livremente. Andava com ela no sling amamentando como uma índia. Fazia tudo com ela agarrada ao meu seio. Amamentar passou a ser muito bom e libertador. Era fácil sair com ela e alimentar sem me preocupar em ferver nada, preparar nada. Só tirar o seio e pronto. A experiência me deu muita liberdade.

Decidida a seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde, mantive peito exclusivo até seis meses. E isso incomodou muito, muito, muito as pessoas. Todos queriam dar água, biscoitos, chazinhos e até caldinho de carne de churrasco (sério!). Fui firme! Estava segura de minha decisão ser a acertada e mantive. Quando completou meio ano de vida, iniciou a alimentação e, novamente, as pessoas estavam prontas a criticar a continuidade do leite materno. No primeiro ano de vida, o leite (seja qual for) é a base alimentar e a comida é apenas complementar. Eu estava bem informada, não havia porque parar.

No aniversário de 1 ano, ela não comeu brigadeiros após o parabéns, ela mamou. Não me admiro com o espanto das pessoas diante da realidade de uma média de 52 dias de amamentação em nosso país. Mas de errado não havia nada. Era um bebê consumindo o melhor alimento para sua faixa etária. Nesta idade, comprei uma mamadeira e resolvi introduzir outro tipo de leite para reduzir as mamadas e permitir que eu pudesse deixá-la com outras pessoas sem mim. Mas foi inútil. Ela rejeitou todos os leites. Continuamos no peito, mas o que era livre demanda passou a ter horário estabelecido.

Quando ela fez 1 ano e 4 meses, começou a me esgotar a amamentação da madrugada. Eu pratiquei a cama compartilhada, o que foi ótimo, mas mesmo assim estava cansada. Resolvi retirar. Foi a parte mais difícil de todas.Ela chorou muito por dois dias e aceitou. A partir dali, comecei a trabalhar em mim o desmame e sabia que logo chegaria a hora. Lola entrou para a escolinha com 1 ano e 6 meses e foi então que reduziu muito as mamadas e o meu leite. Restavam apenas duas mamadas por dia: antes de dormir e às 6 da manhã. Quando ela fez 1 ano e 8 meses, tirei a mamada para dormir. Não foi tão difícil, mas sempre há uma dificuldade. E, agora, quando ela tem quase 1 ano e 9 meses, retirei a mamada da manhã. Sim, desmamamos.

Eu desmamei porque chegou a minha hora, porque eu não queria mais, porque estava ruim para mim. Cheguei ao ponto de me esconder dela e isso não é a relação que quero para nós. Em um dia de desespero, passei batom vermelho no seio e falei que machucou. Ela se comoveu tanto, fazendo carinho e dando beijos, que me arrependi. Achei melhor conversar com ela e explicar. Ela aceitou. O desmame foi gradual, sem grandes choques, mas firme em alguns momentos. Uma vez que foi dito o não, eu não volto atrás, mesmo com a insistência dela.

Quis compartilhar com vocês minha experiência de amamentação não para oprimir quem não amamentou (porque não quis ou não foi possível), mas para dar força àquelas que estão passando pelos tantos momentos em que pensamos em desistir. Não entro no mérito de ser melhor mãe quem amamenta ou não, mas é inegável que o leite materno é o melhor alimento que o bebê pode ter. Então, se for possível, insista, siga firme, busque apoio, busque ajuda, tenha em mente que as dificuldades vão passar e que depois fica leve, bom, fácil e prático.

Sempre que falo em amamentação me vem à mente o verso de Cazuza "ser teu pão, ser tua comida, todo amor que houver nesta vida..." É isso. Amor em gotas.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Desmame noturno

22:25 3
Desmame noturno
Eu já estava ensaiando desmamar as madrugadas da Lola. A verdade é que bate uma preguiça danada.  Eu adotei a cama compartilhada com ela aos sete meses e isso facilitou muito a minha vida. Ela mamava e muitas vezes eu nem acordava. É bom, é ótimo.  Mas acontece que eu não estava ficando bem durante o dia. Estava totalmente sem pique para trabalhar e até mesmo para brincar com ela. Dores no corpo começaram a ser cotidianas.  Então,  vi que era a hora de dar um basta na mamada nortuna.  As do dia ainda permanecem.

Até ela fazer um ano, eu nem cogitei o desmame. Fui oferecer outro leite para ela nesta idade e mesmo tendo tentado quase todas as marcas,  ela não aceitou. Muito choro e leite até no teto depois, desisti. Passei a oferecer um lanche reforçado às 21h para saciar bem. Danoninho de inhame,  mingau de aveia, iogurte com aveia e chia são algumas opções. 
Ela dorme tarde, vai até umas 22h30. Dorme mamando no peito e isso não tirei. Deixo mamar para que fique bem alimentada e não seja fome a razão de despertar. 

Quando decidi desmamar a madrugada,  conversei com ela. Expliquei que ela e a mamãe precisam dormir e que ela já está grande e que eu entendo que sinta medo de crescer,  mas que eu estarei ao seu lado o tempo todo e que meu colo ela sempre teria. Dito isso, não poderia voltar atrás e por mais difícil que fosse, eu iria até o fim. Palavra é coisa séria e se a criança nota que ganha no choro ou no grito, acabou.

O berço dela está montado em meu quarto e na medida do possível vou também retirando a cama compartilhada.
É importante dizer que essas são as minhas impressões e experiências e que cada mãe é autoridade máxima para fazer da forma que achar adequado.
Agora vamos lá,  sigam a novela do desmame noturno. Lola tem 1 ano e 4 meses.

Dia 1
Foi terrível.  Ela acordou às 2h e eu ainda estava acordada e resolvi deixar o comodismo de colocá-la na minha cama e dar o mama. Levei ela para a cadeira de amamentação, sem uso há meses, e balancei até que ela se acalmasse.  Ela chorou muito e foi por pouco que não desisti. Enquanto a ninava, eu dizia que ela não precisava ter medo de crescer,  que a mamãe estava e estaria sempre ao seu lado e que ela podia ficar sempre pertinho, abraçada,  independente da idade que tivesse. Ela foi se acalmando, eu fui cantando, e ela dormiu. Coloquei no berço e acordou instantaneamente.  Peguei e ninei novamente. Ela dormiu. Disse que a amo muito e coloquei no berço.  Dormiu até às 9h da manhã.  Acordei num susto, com ela ainda dormindo.  Mas feliz por ter descansado. 

Dia 2
Ela mamou e dormiu às 21h. Coloquei no berço e tudo bem. Acordou uma da manhã e quando viu que não teria o mamá, mudou o jogo.  Acordou de vez! Brincou, pulou, riu e cantou.  Mesmo com as luzes apagadas e eu fingindo que dormia, ela permaneceu acesa até 4h. Aí pediu o mamá. E eu dei. Ah, se dei. Dava até os dois. Estava exausta, pingando de sono e tudo que eu queria era dormir. Ela deitou na minha cama e mamou enquanto eu dormia. Dormiu tranquila da vida. Eu desmaiei.

Dia 3
Achei que a recaída ia prejudicar tudo. Mas foi bem mais tranquilo.  Ela acordou às 2h, peguei e ela nem pediu para mamar. Fiquei ninando e dizendo que a amava muito. Ela dormiu.  Coloquei no berço e ela foi até às 6h. Acordou e coloquei na minha cama, dando o mamá. 

Dia 4
Acordou umas três vezes. Na primeira eu ofereci água e aceitou.  Ela já não chora mais. Acho que entendeu.  Mas a forma como me pediu o mamá nesta madrugada cortou meu coração.  Praticamente suplicou,  com olhar bem triste.  Abracei muito, disse que de manhã ela podia mamar. Mas que agora era hora de dormir. É muito difícil.  Quase desisti.

Dia 5
Acordou e não levantou do berço.  Eu apenas acariciei e voltou a dormir. Quase soltei um foguete de alegria. Mas em 15 minutos despertou de novo e tive que pegar.  Não chorou e nem pediu o mamá.  Me abraçou e ficou quietinha para dormir de novo.  Acordou mais duas vezes.  Nada de choro ou tristeza.  Apenas se certificando que eu permanecia ali, ao lado dela, para o caso de se sentir insegura.
Sim, filhinha, estou e estarei sempre por perto. A gente agora vai continuar a aprender a dormir a noite toda, porque nós duas precisamos descansar.  Mas ao primeiro sinal de necessidade,  a mamãe estará atenta e pronta para passar a noite acordada ao seu lado.  Por toda a minha vida ♡

Vídeo  com meu relato, algumas noites depois....



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Não falta dinheiro, sobra amor

01:08 0
Não falta dinheiro,  sobra amor

No país onde a média de dias de amamentação são 54, não é de se espantar que as mães que amamentam por seis meses ou mais sofram preconceito.  A indústria martelou a informação que leite artificial é igual (ou melhor) que leite materno.  Implantou a ideia de ser mais prático.  Glamourizou o ato de dar leite artificial. 

Muitas pesquisas depois e a constatação óbvia que amamentar é sempre a melhor opção,  oferecer o peito ao filho ainda é um grande desafio materno. Muito mito permeia o assunto e palpites acabam gerando grande confusão nas mães.  Infelizmente,  muitos médicos jogam no time industrial e induzem ao desmame precoce, colocando temor ao ato natural e pressionando para a introdução da mamadeira. 

Inúmeras ativistas lutam pelo direito à informação e o assunto costuma gerar polêmica.  Embora eu seja uma "amamentadora" convicta,  evito entrar no tema que acaba por magoar mulheres que por algum motivo não amamentaram. Mas hoje foi inevitável tocar neste assunto.

Uma estudante de medicina veterinária publicou uma foto de uma mãe amamentando sua cria em uma bicicleta e escreveu barbaridades.  Absurdos mesmo. E entre os argumentos,  garantiu que em bairros nobres e restaurantes refinados não há peito de fora, pois se há amamentação (se há! ), é com paninho na cara dos bebês.  Ora, ora...

A postagem ferveu em grupos e páginas maternas. Foi pauta do dia todo. Ninguém ousou defender tamanha sandice.  Acontece que a opinião da futura médica (embora de bichos,  a fulaninha em questão será sim uma médica) não é fato isolado.

Como disse, sou "amamentadora" convicta.  Iolanda mamou exclusivamente no peito até seis meses (não,  nem água dei), não dei chupeta ou mamadeira e não ofereci outro leite até um ano de idade.  Hoje, com 1 ano e 3 meses, ainda mama no peito e não gosta de leite nenhum.  Até completar 1 ano foi mamada em livre demanda (sempre que quisesse), em qualquer lugar e sem paninho nenhum.  Agora, estou tentando estipular melhor os horários,  mas não porque está "grande" e sim porque sou humana e estou cansada (fisicamente mesmo). Mas mesmo assim mama umas quatro a cinco vezes por dia.
Nesta minha jornada de amamentação,  me deparei com todo tipo de comentário e olhares. 

Reprovação,  constrangimento e por aí vai. Mas eu nunca me abalei. Vergonha?  Tenho, não.  Sempre usei decote e o segundo que o bico do seio sai da roupa para entrar na boca do bebê eu tapo com a mão.  Depois que ela começa a mamar, não mostra nada além do que eu mostraria em uma praia, clube ou num dia de calor com uma blusinha decotada. Há pessoas que se acanham e aí entra o paninho.  Mas eu não.  Acho normal.  E aí vou ser recriminada? Sim, sou.  E não ligo a mínima.  Estou alimentando minha filha.
Eu realmente não entro no mérito de ter que amamentar.  É uma escolha da mulher.  Assim como amamentar é um direito.  Cada um no seu cada um. Porém,   muitas e muitas pessoas ainda estão presas a mitos e além de prejudicar a própria amamentação,  inibem as que desejam amamentar. 

O argumento infeliz de que amamentar é "coisa de pobre" é muito mais comum do que se imagina.  Uma pena considerar status a compra de uma lata de leite. Bem bobo isso. Mas tem gente que considera, como a fulaninha do post.  E aí,  deixo aqui a foto da diva Gisele em um momento de amamentação lindo de sua filha.  Falta grana pra comprar o leite? Que nada. Sobra informação,  peito e amor ♡
Trecho da lamentável postagem da futura veterinária

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Amamente com a técnica de relactação

17:20 0
Amamente com a técnica de relactação
Quanto mais mama, mais estimula a produção de leite. Amamentação é persistência e informação. Nem sempre é fácil. Na maioria das vezes não é, inclusive. Mas com apoio e orientação pode ser possível. 

Até mesmo em situações em que o leite secou ou mães adotivas conseguem amamentar seus filhos. Isso é possível pelo processo de relactação ou translactação - uma técnica que usa uma sonda ligada a um recipiente com a fórmula e ao sugar, o bebê estimula a produção de leite da mãe materno. Se for indicado dar a formula ao bebê, opte por esta técnica. Este da imagem é da marca MamaTutti, vendido até em grandes drogarias. A Medela também tem um kit. 


Você também pode montar usando uma sonda nasogastrica tamanho 4 ou 5 para bebês. Coloque o leite artificial em um copinho, na seringa ou mesmo na mamadeira; Colocar uma ponta da sonda, furando o bico da mamadeira ou adaptando à seringa e a outra ponta da sonda perto do mamilo, fixando-a com fita adesiva.

Durante o processo da é fundamental não dar a mamadeira ao bebê, para que ele não se adapte ao bico da artificial e desista da mama da mãe. Além disso, quando a mãe observar que já está produzindo leite deve ir restringindo lentamente a técnica de relactação e ir introduzindo a amamentação.
Amamente o seu bebê ♡

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Ordenha e armazenamento de leite materno

17:04 0
Ordenha e armazenamento de leite materno
Ordenhar o leite pode ser importante para mães que tenham muito e fiquem com as mamas doloridas, para aquelas que desejam doar, para as que vão voltar da licença maternidade, mas querem continuar oferecendo o leite materno. 

Bombinhas podem ser caras e complicadas demais. Com a técnica certa,  fica fácil fazer a ordenha manual. Em casos de dúvidas,  busque auxílio nos bancos de leite.  Eles oferecem verdadeiras aulas e ânimo para incentivar o aleitamento materno.

O leite armazenado na geladeira deve ser feito em um pote de vidro (preferencialmente) , mas com tampa de plástico (isso é importante! !! Não use tampa de metal!). Pode usar mamadeiras também desde que sejam tampadas. 

Esterilize sempre o recipiente fervendo por 15 minutos ou usando esterilizadores de microondas.O recipiente deve secar naturalmente, de boca para baixo em cima de um papel toalha ou pano limpo. 

O leite materno pode ficar em temperatura ambiente por somente duas horas.
Na geladeira, segundo os padrões dos especialistas da Rede de Bancos de Leite Humano, o leite materno pode ser guardado por no máximo 12 horas. 

Guarde na prateleira de cima, que é a mais fria, e nunca guarde o recipiente de leite na porta do aparelho. Procure deixar  longe de outros alimentos crus, como verduras e carnes.
O leite materno pode ser guardado no congelador por até 15 dias.