Francisco sendo fofo, aos 4 meses e meio, num raro dia de calor em Dublin |
Quando a Letícia, amiga querida e dona e proprietária e mãe deste blog, me convidou para escrever aqui, amei! Estou precisando colocar no “papel” um bocado de coisas. A jornalista está temporariamente fora de serviço, mas a necessidade de escrever me consome. Fiquei pensando em um assunto para o meu primeiro post como colunista do blog, mas então me dei conta de que conversar sem se apresentar é uma baita falta de educação, e eu tenho bons modos (e preguiça dessa expressão).
Olá! Muito prazer! Eu me chamo Raíssa e a última coisa que eu quero é dizer o que você deve fazer. Acredito na máxima “Cada um é cada um”. Até porque ainda tenho pouca experiência. Se houver uma fila de gente com conhecimento de causa pra falar de maternidade, estou láaa no fim. Mas o que sei é que são as diversas experiências que tenho lido, visto e vivido que têm me ajudado a tomar decisões e a cuidar do meu filho da melhor forma que eu posso. Então por que não compartilhar os meus erros e acertos? Quem sabe o que funciona pra mim dá certo pra mais alguém? Ou pelo menos ajuda alguém a desenvolver o seu jeito de maternar/paternar? É com esse espírito que vou contar neste espaço um pouco da minha vida de mãe do Francisco.
Falei, falei, e ainda não me apresentei. Tenho 30 anos, sou jornalista, casada há seis anos com um engenheiro de software chato que eu amo e filha de uma família um pouco fora dos padrões tradicionais (só porque eu tenho duas mães, um pai, uma boadrasta, uma irmã de um lado e um irmão do outro - que têm outros irmãos -, uma moça um dia disse: “essa é a casa do demo”! Aff, mal sabe ela quanto amor a gente emana - um dia posso contar isso melhor). Sou também mãe deste bebê risonho da foto que abre o post. Ele foi extremamente desejado e planejado, mas não quis seguir o cronograma e chegou dois anos antes do previsto. E eis que, morando há apenas um mês na Irlanda, aonde eu e meu marido viemos começar o sonho de rodar parte do mundo, descobrimos que estava a caminho meu grande amor. O que foi mudar de país perto da revolução causada por este ser que dorme enquanto escrevo, esbanjando a gostosura de seus 73 cm, 10 kg e quase 6 meses de vida? (Sim, é um gigante).
Vida na Europa
Francisco e mamãe na primeira grande viagem dele fora da barriga |
Como vim parar aqui no blog
Nos idos de 2007, ainda estagiária num jornal de Belo Horizonte, conheci a Letícia Murta. Trabalhamos juntas por pouco tempo, cada uma seguiu seu caminho e voltamos a nos encontrar um tempo depois numa outra grande redação de BH. Não esqueço do dia em que conversamos sobre a tentativa dela de engravidar, o quanto ela queria um filho e como estava sendo difícil. Isso foi em 2011. Em 2013, quando voltei a trabalhar na redação, ela já carregava, orgulhosa, seu Francisco na barriga. Lembro que eu perguntava muito sobre o andamento da gravidez e me identificava demais com seu jeito de pensar. Falamos algumas vezes sobre nossos filhos xarás muito antes de o meu existir (escolhi o nome há muuuitos anos, acho que ela também). Então veio a pior notícia do mundo, Francisco se foi e deixou um buraco que eu sou incapaz de imaginar. Passei a acompanhar, muito pelas redes sociais, e senti uma empatia imensa, uma vontade gigantesca de que a Letícia aprendesse a conviver com a falta e encontrasse felicidade em meio à escuridão. Então a bailarina Iolanda chegou, trazendo luz e vida. Deixamos de trabalhar juntas, mas continuamos acompanhando os caminhos uma da outra. E, agora que eu também sou mãe, ela me honrou com o convite para escrever aqui. Obrigada, querida Letícia!
É isso. Aos poucos vamos nos conhecer melhor. Espero que eu possa ser útil. Até logo!
Sou muito feliz por te ver realizada como mãe. Nunca me esqueci do carinho que tratou a gravidez do meu Francisco e, depois, em como, mesmo nem estando no Brasil, foi delicada e zelosa comigo. Muito obrigada pela amizade, apoio, empatia e amor. Um beijo enorme para você e esse Francisco lindo e sorridente <3
ResponderExcluir