Um adeus que nunca acaba

Há três anos, eu não sabia, mas você se despedia de mim. Eu não sabia, pois se soubesse, não te deixaria partir. Eu te imploraria para ficar, eu utilizaria todos os recursos para te salvar, eu mataria para poupar sua vida. Há três anos, eu tento entender o que deu de tão errado e luto para não ser engolida por essa dor. Tenho sua irmã e é bem verdade que isso é o que me mantém de pé. Mas não me conformo de não ter você aqui comigo. Não há respostas. Apenas a ausência mais presente que há no mundo. Eu não perdi um filho, dito assim no passado. Eu te perco todo dia. Perco seu sorriso, seus abraços, sua voz, suas birras, suas manias. Perco todos os dias a oportunidade de conviver com você. Você é o filho que ninguém reconhece como meu. É a dor que somente a mim pertence. É a saudade que não tem fim. No seu aniversário também nos despedimos de você. É uma data triste. Não tem bolo. Não tem festa. Não tem presente. Tem lamento. Tem coração sangrando. Tem uma mãe que não se conforma de não ter você aqui aninhado em meus braços. Para sempre Francisco ☆ 11/06/13 ☆