Sair da rotina com criança é um desafio. Para tudo. A parte da alimentação eu achei que seria um caos na viagem, mas não foi. Entre novidades nada nutritivas e alimentação balanceada, sobrevivemos comendo muito bem.
Como eu fui à Bahia, fiquei com bastante receio do tempero fazer mal para Lola, pois até pra gente acaba bagunçado o intestino. Então, como não sabia o que encontraria, lotei a mala de papinha Nestlé. Vocês sabem que sou natureba e industrializados são minoria lá em casa e quase zero na vida da pequena. Mas não sou radical e não é a primeira vez que ofereci as papinhas prontas e acho que sao aliadas para situações atípicas.
As papinhas me valeram. Usei no avião (voo na hora do almoço) . Dei também algumas vezes no horário do almoço dela (meio-dia), já que a gente acaba ficando no tira-gosto e almoçando mais tarde, e as papinhas de frutas eu dei à noite antes de dormir (ela não toma leite nenhum, só peito, e à noite sempre dou um lanche. Eu trouxe chia e farinha de linhaça e misturei nas papinhas para não ficar tão pobre em nutrientes.
No café da manhã na pousada, ela comia bastante. Pão, queijo, frutas e suco. Eu trouxe um pote térmico e colocava frutas para comer no lanche da manhã. Pegava uns pães de queijo também para ela comer mais tarde.
A gente almoçava em torno de 14h e aí eu achei um self service e sempre colocava comida simples para evitar transtornos gastro-intestinais. Purê de batata, arroz, feijão, carne moída, macarrão, legumes... verduras da rua eu não dou, porque o risco de toxiplasmose é alto pela falta de higiene e eu não posso garantir que estarão bem lavadas.
No lanche da tarde, normalmente estávamos na praia. E aí que eu tive medo de complicar. Mas foi tranquilo. Na praia tem muita bobagem, deixei comer frituras com a gente, mas não queria que ficasse nisso. Achei boas opções. Tinha ambulante vendendo frutas (melancia e abacaxi), queijo coalho, tapioca.
Ela não gosta muito de água de coco e suco também não bebe sempre (quando a gente bate uma fruta acaba usando mais do que se comesse e retira as fibras, elevando o índice glicêmico). Nossa opção em casa é sempre beber água. Mas lá relaxei e liberei o suco, que acabou sendo uma opção de lanche também. Ela provou suco de caju, cajá, cacau, cupuaçu....
Provando doce: barrinha de cacau orgãnico |
Também tomou sorvete sem lactose e 0% gordura da Gelateria Capim Santo.
A alimentação da Lola é, sim, natureba. Mas eu sempre soube que chegaria a hora de deixar provar outras coisas, digamos menos saudáveis. Foi tranquilo. De vez em quando pode tudo O que prejudica não é a exceção, mas a regra.
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