Cresce a barriga, cresce o amor

Barrigão de 18 semanas, estamos cumprindo o quinto mês da gravidez. O probleminha da placenta está controlado, mas surgiu um hipertireoidismo gestacional que me ajudou a ganhar pavorosos cinco quilos em um mês. Claro que o médico me deu uma sentada e me tirou aquele que estava sendo meu companheiro no lugar das tantas coisas que deixei de fazer, inclusive fumar: o chocolate.

Disse o médico: "todo o açúcar que o bb precisa será fornecido pelas frutas". Lindo! Mas e o açúcar que eu preciso? Que se dane, né? O que importa é a saúde do bb. OK. Vida que segue. Claro e evidente que não vou cortar o chocolate da minha vida. Vou reduzir. E tá de bom tamanho, que não estou disposta a ser canonizada. Afff!

Eu disse e repito: gravidez é um porre. Queria que durasse apenas três meses. Tava de bom tamanho. Ansiosa que sou, sem meus vícios, sem minhas moletas, me agarro ao meu filho. Somente isso. Penso no quanto quero que ele chegue cheio de saúde, todo lindo. Se ele precisa de mim para viver, eu também preciso dele para continuar. A dependência total e absoluta já foi estabelecida. Eu e Francisco somos um só. Um dando amor ao outro. Um sendo o mundo do outro. Eu hoje já acho mais real o fato de ter um filho. Já o "vejo". E estou doida para sentir seus chutinhos e me conectar ainda mais ao meu gatinho.

Eu falo mal, porque tem um monte de ponto chato mesmo, mas existe, sim, um bocado de coisa legal na gravidez. É um momento mágico, único. Sinto muitas emoções. Me permito mudar diariamente ao sabor dos sentimentos, ou dos hormônios. Me permito crescer para transformar não só o corpo, mas, principalmente, a alma, para a missão nobre de ser mãe. Junto com a barriga, cresce o meu coração. E o Francisco toma conta de todos os espaços disponíveis. Empurra todo o resto para que se adaptem ao que é mais importante: ele.