A gente cria os filhos para voarem. Mas a cada voo inicial, ficamos apreensivas se vai dar certo, se é mesmo a hora, se estão preparados.
Lola foi dormir na casa de uma amiga pela primeira vez. Escondi um bilhetinho no meio do pijama para me fazer presente . E, ao contrário do que pensei que ia acontecer, ela de fato dormiu.
Eu vigiei o celular até altas horas, supondo que tivesse que ir buscá-la aos prantos, por estar dormindo longe de mim. Mas isso não ocorreu.
Ela se divertiu, viveu uma experiência maravilhosa, acumulou mais uma memória, dessas que ficam pra vida toda.
O curso natural é que os filhos vivam cada vez mais experiências longe da gente. A gente cria os filhos para voarem cada vez mais alto, cada vez com mais segurança.
Só que a gente não deixa de ser ninho. Eles voam, mas voltam. E voltam cheios de novidades, novas vivências e muitos casos. E é assim que deve ser.
Voa, minha menina. O Mundo é grande e você pode ir aonde suas asas conseguirem te levar. Seu ninho estará sempre aqui, pronto para o seu retorno.
Eu me lembro com alegria de como era bom dormir na casa das minhas amigas. A brincadeira sem hora pra acabar, depois adormecer entre conversas e risadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O que você acha?