Orange is The New Black - EU CURTO SER MÃE

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Orange is The New Black


A gente vê nos noticiários o drama dos imigrantes ilegais nos EUA, mas será que temos a dimensão do horror que está acontecendo?

Terminei a sétima, e última, temporada de Orange is the New Black, e fiquei pensando nos tantos temas abordados e em como isso tudo tem relação com o que falo por aqui e com as mulheres e mães que me seguem. Muito além de mostrar criminosas, a série humaniza as detentas e desenha o que está por trás da pena que estão cumprindo.  Orange aborda a complexidade humana, evitando maniqueísmos para apontar o que move a conduta daquelas pessoas.

OITNB fez sucesso com elenco e equipe de produção formados majoritariamente por mulheres, que escancarou por meio da metáfora da prisão todas as formas onde o lugar feminino, LGBT e latino é constantemente questionado.

Eu poderia escolher para falar aqui sobre tantos temas que são pertinentes: suicídio, drogas, abandono afetivo, neurodiversidade, velhice, maternidade e sororidade.  OITNB além de mudar a forma como vermos séries (foi a primeira a lançar todos os episódios de uma só vez nos permitindo maratonar), foi a série mais assistida da Netflix. Você tem ideia de quantas pessoas viram e qual o legado que ela deixa?

E embora não tenha como proposta apresentar soluções para os problemas, faz as pessoas discutirem essas questões e responderem emocionalmente.

Na temporada final foi abordado um tema muito atual: os imigrantes ilegais! Eu tenho certeza de que você já viu alguma imagem mostrando crianças separadas de seus pais e mantidas dentro de jaulas em centros de detenção. As irregularidades incluem desde crianças sem atenção médica adequada até a falta de camas, que obriga muitos a dormirem no chão. Os Centro de Internamento de Estrangeiros (ou ICE) são ainda mais desumanos do que as prisões, negando os direitos mais básicos. Foi impossível conter as lágrimas ao ver crianças diante de um tribunal sem a presença de um advogado ou seus pais, como se fossem criminosos.

Orange se despediu lançando mais uma camada complexa no debate sobre como a sociedade exclui quem não se enquadra. Se fosse somente ficção, ainda seria amargo assistir. Mas é real! Está acontecendo! E o que podemos fazer?


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