Poucos dias após nos casarmos, adotamos Elvis, Raul e Nazaré. Nossa família foi formada com e para eles. Por causa deles, moramos hoje em uma casa espaçosa. Por causa deles, deixamos de viajar quando não há quem cuide. Por causa deles, não recebemos em nosso lar pessoas que não gostem de cachorros. E por aí vai.
Eles acompanharam minha gravidez do Francisco e sua partida, me cobrindo de amor e uma compreensão que nenhum humano foi capaz. Vibraram com a chegada da Lola. Fizeram o papel de irmãos mais velhos. Lola os amou assim que tomou consciência da presença desses peludinhos.
Raul nos deixou no começo de dezembro. Estamos, desde então, aprendendo a viver sem ele. Que falta nos faz. A todos nós. Elvis e Nazaré ficaram imensamente tristes. Resolvemos levar Elvis, que mais gosta de agito, para viajar conosco. Nazaré é muito medrosa e, além disso, está com um problema no quadril que a fez perder a força das patas traseiras. Mas como deixá-la para trás? Solução! Bota na mochila e carrega!
Tivemos dias de muito prazer para todos. Ela curtiu, do jeito dela. E a lição que fica é que família não se abandona. É um por todos e todos por um! Até o último de nós partir. Lola vai crescer sabendo disso e praticando. Cuidará de mim e do pai na velhice, com o amor que nos viu dedicando aos nossos amores peludos, tenho certeza.
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