Estamos atravessando uma fase difícil conhecida como terrible two, a adolescência dos bebês. Nesse momento de transição, o bebê não sabe ainda os limites e não aceita/ compreende as regras e é comum ver os surtos de raiva culminados em choro, popularmente chamados de birra.
Pois bem, não é fácil. Mas é plenamente compreensível que eles ajam assim. Ainda é novidade para eles que, por algum motivo que não compreendem, devam fazer (ou deixar de fazer) algo que não querem. Eles não entendem de bons modos ainda. Se jogam e deixam claro a insatisfação.
Quantos de nós, no alto de nossa vivência adulta, já não pensamos em agir exatamente assim? Pensamos e, algumas vezes, até saímos do limite e acabamos dando o nosso espetáculo também. Somos adultos, treinados a conviver em sociedade e, ainda assim, perdemos o controle ou pelo menos temos vontade de jogar para o alto a educação e descer a ladeira.
Não digo isso para que esse comportamento seja aceito. É, sim, inadequado e deve ser estabelecido um limite. Os filhos pedem esse limite, inclusive. Eu quis dizer isso para lembrar a todos nós o quanto somos passíveis de descontroles e temos que ter isso em mente para que da próxima vez que nosso filho espernear diante de uma barreira à sua vontade, nos possamos olhar com empatia e, mesmo sem aprovar, compreender. Ele está aprendendo as regras, ele está entendendo o seu lugar no mundo e só será possível que ele cresça emocionalmente se for cercado de amor. O controle, embora não pareça sempre, está nas mãos dos adultos. Não perca esse controle. Seja firme, mas seja empático. O sofrimento da criança é real, tanto quanto seu desespero em acabar com o chilique. Eduque, sim. Mas não perca a sua calma e se iguale.
Vai passar.. .
Vai passar.. .
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