A Elaine Lourença de Almeida, mãe da Luíza de 11 meses, dividiu conosco sua história de maternidade. Se você também quer compartilhar sua história, contar algum caso ou dar uma dica envie para eucurtosermae@gmail.com que irei publicar com prazer.
Meu nome é Elaine e sigo você nas redes sociais. Gosto demais do seu trabalho e você me ajudou muito com sua história. Quando descobri você vi que não estou só. Já vi seus videos mais de 20 vezes e aprendo muito com eles. Através da sua história puder ver que apesar de me culpar, não estou sozinha nesse universo da trombofilia.
Vou dividir um pouco da minha história com você, pois sei que vai entender. Eu morava em Belo Horizonte e resolvi me mudar para São Paulo por ter perdido minha mãe e precisava ficar perto dos irmãos. Minha empresa então me transferiu e quando cheguei aqui eu conheci meu marido. Ele me disse que não poderia ser pai é meu sonho sempre foi ser mãe. Ele havia saído de um casamento de seis anos por não ter filhos. Mas, sabe, eu não me entristeci, nem fiquei preocupada.
Antes de casarmos ele procurou um médico que disse que ele precisaria operar devido a varicocele.. Nos casamos em novembro de 2016 e fomos para a Argentina e quando voltei estava grávida. Foi um grande susto é uma alegria imensa. Tive um pequeno descolamento de placenta, mas que rapidamente foi resolvido com uso de hormônios.
A gravidez transcorreu bem sem nenhuma complicação até a ultrassonografia que fiz com 29 semanas. A ultrassonografista disse que a bebê estava um pouco abaixo do peso.
Fui na minha médica que disse que estava tudo certo e normal e que eu não tinha motivos para preocupar. Eu pedia a ela para que me afastasse do trabalho por ter que dirigir muito para chegar e eu passava muito nervoso lá.. Ela dizia que não podia e que eu estava bem.
Eu sentia dores muito fortes na lombar e também foi ignorado. Na próxima consulta eu disse a ela que a minha filha não mexia quase nada e ela me examinou e disse que eu estava muito bem. Fui pra casa muito mal ..como se algo me dissesse que não estava nada bem.
Então eu faltava muito do trabalho, pois trabalhava muito longe. Por duas vezes fui no pronto atendimento da PUC que aqui é hospital. E eles disseram que eu estava bem.
Sabe, eu já não sabia mais o que fazer e onde ir, pois não conheço muito bem a região.
Num final de semana eu tive um sonho muito estranho. Sonhei que eu precisava aprender a ouvir a voz do meu coração. Passei o final de semana muito triste porque a Luíza não mexia. Na segunda feira marquei uma ultrassonografia e por sorte tinha uma vaga para as 15:40 da tarde.Fui então sozinha fazer a ultrassonografia.
Cheguei lá e o médico me disse: o que te traz aqui? Então eu disse: então me disseram que a minha bebê é pequena pra idade gestacional e e ela também não mexe quase nada. Queria saber como ela está.Então ele fez o exame e disse que ela era realmente muito pequena, pois eu já estava com quase 34 semanas e ela tinha apenas 1600 e não mexia por falta de e energia.
Me perguntou quando seria a próxima consulta e eu disse que seria na quarta e ele me disse que ela não sobreviveria até no próximo dia. Mas que ela teria que nascer naquela hora. Me pediu para esperar lá fora enquanto falava com minha médica. Eu quase morri, perdi o chão e entrei em desespero.
O médico ligou para meu marido e pediu para ele ir me buscar e me levar para a maternidade, pois eu não tinha condições de dirigir. Meu marido chegou e fomos direto para o hospital, pois a medica e toda equipe já estavam me esperando.Chegamos no hospital e rapidamente foi feito o parto. A Luiza nasceu 17h37. Nasceu parada e teve que ser reanimada. A médica disse que não sabia se ela sobreviveria, pois estava muito grave e pesava só 1350 .
Eu não tinha liquido e ela estava morrendo. Ela ficou 38 dias na UTI. Com 34 dias me deram o diagnóstico de paralisia cerebral. Hoje ela está viva e aqui comigo graças a Deus. Mas não tem um dia que não sofro pelo que passei e pelo que ela sofreu e ainda sofre.
Eu me culpo todos os dias por ela ter sequelas. Por eu não ter feito a ultrassonografia por minha conta antes.
Hoje ela faz fisioterapia e tanta coisa...Penso que tudo poderia ter sido diferente e evitado.
Mas não fui esperta o suficiente para entender os sinais.Eu tive trombose na placenta, mas meus exames vieram negativo para trombofilia.
Em julho tenho uma consulta com Dr Domingos. Porque não pode ter sido o nervosismo que passei. Me culpo por isso também. Obrigada por criar seu canal. Um grande abraço
Elaine
terça-feira, 15 de maio de 2018
Elaine, mãe da Luíza
postado por Letícia Murta
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