Educar é possível - EU CURTO SER MÃE

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Educar é possível

Parir não é fácil. Amamentar não é fácil. Mas, certamente, o grande e mais importante desafio da maternidade é educar. E como é difícil....
A gente acha que se prepara devorando teorias mil, mas na hora de colocar em prática, nem sempre funciona. 

A única coisa que eu tenho certeza absoluta que não quero fazer na educação da Lola é bater. Tenho convicção que isso não funciona. Eu normalmente busco alternativas dentro da disciplina positiva, uma filosofia abrangente, que ajuda a criança a desenvolver uma consciência guiada por sua própria disciplina e compaixão em relação aos outros. A disciplina positiva é empática, amorosa, respeitosa,  fortalece a conexão entre os pais e filhos.

Só que nem sempre é tão fácil como pode parecer durante as leituras sobre a disciplina positiva. Em especial se a criança ignora completamente uma regra, te desafia e chega até mesmo a ficar agressiva. Aqui em casa, o terrible two veio com tudo. Muitas birras e testes de limites. As birras eu até que lido bem. O que anda me deixando de cabelo em pé é o fato de ela simplesmente fingir que não me escuta quando chamo a atenção. Pense! Eu compreendo que este é o momento de eu manter o controle e ajudá-la, de forma respeitosa, a entender que existem normas e regras. Não é fácil manter a calma. Não é fácil saber o que fazer. Não é fácil ter uma criança fingindo que não te escuta.Mas eu sigo, na certeza de que é possível educar sem violência. 

 professor Carlos Nadalim, coordenador pedagógico e organizador do site Como Educar seus Filhos tem algumas dicas para melhorar a comunicação entre pais e filhos. Obviamente o comportamento das crianças não vai mudar da noite para o dia. Mas, ele garante, empregando com paciência e persistência essas simples alterações na forma de se comunicar com elas, os pais certamente obterão bons resultados.


1- Linguagem positiva
A primeira dica de Nadalim para mudar esse quadro é empregar uma linguagem positiva e evitar responder às ações tidas como indisciplinadas sempre de maneira negativa e por meio de ordens. “Se seu filho está correndo dentro de casa, em vez de lhe dizer ‘Pare de correr! Não corra dentro de casa!’, você pode expressar-se de outra maneira, dizendo algo como: ‘Aqui na sala se anda. Lá fora é o lugar de correr!’. Dessa forma a criança entenderá que não é a ação que é proibida, mas o local” - explica. Em casos assim, o “não” pode ser entendido como uma ameaça, o que faz com que a criança se feche.

2- Se e quando
Outra dica é tentar trocar o “se” pelo “quando”. Por exemplo, se um pai diz ao filho: “Se você comer toda a salada, vai ganhar a sobremesa”, transmite a ideia de que a criança tem a opção de não comer a salada, embora nesse caso fique sem a sobremesa. Porém, utilizando o “quando”, o foco é outro e cria-se uma expectativa de obediência: “Quando você terminar de comer a salada de brócolis, eu lhe darei a sobremesa”.

3-Bem de perto
A terceira dica é nunca emitir uma ordem longe de seu filho. Nadalim explica que, primeiro, você deve se aproximar da criança e depois emitir a instrução, sem gritar. Quando o pai ou a mãe berra da sala para o filho que está no quintal “Filho, venha logo! O jantar está pronto!”, esse tipo de postura dá a impressão de que o chamado não é tão importante assim, comenta Carlos. Seria melhor ir ao encontro da criança e, inserindo-se brevemente na atividade em que ela está envolvida, dizer-lhe com firmeza e autoridade que o jantar está servido, fazendo-o, contudo, sem elevar a voz. “Depois do aviso, saia do ambiente onde está seu filho. Ele entenderá que a instrução é realmente séria”.

4-Respeito
A quarta e última dica é respeitar o tempo da criança. “Caso ela esteja brincando e você preparando o jantar, você estabeleceu um objetivo (terminar o jantar), mas seu filho, brincando, também criou objetivos, estabeleceu metas. Você precisa dar-lhe a oportunidade de terminar a atividade para depois obedecer a sua ordem” - ressalta.


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