Do livro "Mania de explicação", de Adriana Falcão |
Sou uma medrosa. Confesso. Tenho medo de muitas coisas e acabo sendo pessimista em algumas situações, esperando a chegada do pior. Isso é terrível e só não é pior, pois eu não me deixo paralisar e, mesmo apavorada, sigo adiante. Uma de minhas lutas é mudar o padrão de pensamento e elevar a energia positiva. Consigo vez ou outra, com muito sacrifício.
Acontece que desde que engravidei, tenho alimentado um balão de medo gigantesco que, noto agora, cresceu junto com minha barriga e está prestes a me esmagar. São tantos medos, que vão desde a hora do parto, passando pelo banho no bebê, medo de ter nojo do cocozinho e de não saber colocar para arrotar, ocasionando uma tragédia; e vão até o medo de perder o emprego, de não emagrecer nunca mais e de ficar sem meu marido. Nem me perguntem de onde tirei tantas questões, mas elas estão aqui e têm me tirado o sono. Não bastasse o peso da barriga, tenho três toneladas de medos sobre a cabeça.
Acredito que algumas questões sejam naturais às mamães de primeira viagem. Outras, surgiram da minha falta de confiança em mim e na vida. Afinal, não adianta eu achar que estou no controle, sendo que minha visão é somente do cenário atual. Amanhã, o que eu tenho em mãos pode já não servir. Saber, eu sei. Só tenho que colocar em prática.
Minha fragilidade está exposta. Como uma criança, voltei a ter medo do Lobo Mau, do Monstro do Armário e da Mula-sem-Cabeça. E agora, após meses cultivando a barriga e os medos, chega a hora de assumir quem vai ganhar o páreo: a Letícia, menina assustada, ou a Letícia, mãe corajosa. Vamos ver...
Eu tive um medo pavoroso também ...principalmente da hora do..parto ....nada e ninguém conseguia me acalmar ...acho que é normal ..tudo o que é desconhecido nos gera medo...só podemos entregar nas mãos de Deus e confiar que tudo vai dar certo p vcs ...
ResponderExcluirÉ duro, né, Vivi? E ao mesmo tempo em que morro de medo, tenho quase certeza de que nada me acontecerá, rsss. Vamos que vamos...
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